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Irã chama de ‘totalmente infundadas’ acusações dos EUA sobre envolvimento em plano para matar Trump

Três pessoas foram acusadas pelo Departamento de Justiça americano, sendo que uma estaria foragida no Irã

Por Da Redação Atualizado em 9 nov 2024, 12h21 - Publicado em 9 nov 2024, 12h20

O governo iraniano classificou neste sábado, 09, como “totalmente infundadas” as alegações do Departamento de Justiça dos EUA sobre o envolvimento de Teerã numa conspiração para matar Donald Trump antes da eleição para presidente. A divulgação oficial sobre três pessoas acusadas de participar do plano foi feita na noite de ontem. Duas estão presas e uma, foragida, supostamente no Irã. “O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Esmaïl Baghaï, considera completamente infundadas e rejeita as alegações de que o Irã está envolvido numa tentativa de assassinato contra antigos ou atuais funcionários americanos”, afirmou em comunicado da diplomacia iraniana.

Os acusados pelo Departamento de Justiça dos EUA são Farhad Shakeri, de 51 anos, Carlisle Rivera, de 49, e Janthon Loadholt, de 36. Eles teriam operado sob a coordenação de uma rede dentro do Corpo de Guardas Revolucionários do Irã (IRGC). O plano incluía vigilância e ações contra Trump e outros alvos americanos.

Autoridades americanas dzem que Farhad Shakeri, que está foragido, era o responsável por espionare e eliminar Trump. O pedido a Shakeri, que é afegão, teria sido feito por autoridades iranianias em setembro. O acusado seria residente no Irã e teria cumprido antes 14 anos de prisão em solo americano por roubo. Documentos judiciais o acusam ainda de recrutar criminosos comuns.

Promotores dizem que o afegão, anter de ter o ex-presidente como alvo,  foi originalmente encarregado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã de realizar assassinatos contra cidadãos americanos e israelenses nos EUA. Os outros dois acusados, Carlisle Rivera e Jonathon Loadholt, são cidadãos americanos e foram presos em Nova York. Eles estariam ajudando o governo do Irã a vigiar um cidadão americano de origem iraniana.

Embora os promotores não tenham revelado o nome do alvo, a descrição coincide com Masih Alinejad, uma jornalista e ativista que tem se destacado por suas críticas às leis de obrigatoriedade do uso de véu no Irã. A campanha do ex-presidente emitiu um comunicado destacando que Trump foi alertado sobre “ameaças concretas” do Irã, citando o perigo de ações que poderiam desestabilizar o país.

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Para o ministro da Justiça dos EUA, Merrick Garland, “Existem poucos atores no mundo que representam uma ameaça tão grave à segurança nacional dos Estados Unidos quanto o Irã”. Em comunicado, ele complementou: “O Departamento de Justiça acusou um ativo do regime iraniano que foi encarregado pelo regime de direcionar uma rede de associados criminosos para promover os planos de assassinato do Irã contra seus alvos, incluindo o presidente eleito Donald Trump”.

Não é de hoje que o governo amernicano demonstra preocupação de que Teerã possa tentar retaliar o ataque de drones realizado pelos EUA em 2020. Na ocasião, foi morto o general Qasem Soleimani, da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.

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