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Inglaterra eleva alerta terrorista para nível máximo

Alteração de 'grave' para 'crítico' indica a possibilidade de um ataque iminente

Por Da redação
23 Maio 2017, 21h45

A primeira-ministra da InglaterraTheresa May, anunciou na noite desta terça-feira a elevação do nível de alerta terrorista de “grave” para “crítico”, um dia após o ataque suicida que deixou 22 mortos ao final do show da cantora pop Ariana Grande, em Manchester. “Não podemos ignorar a possibilidade de que um grupo mais amplo de indivíduos esteja ligado ao atentado”, declarou May.

O nível de alerta “crítico” significa a possibilidade de um ataque iminente.

A polícia identificou Salman Abedi, 22 anos, como o responsável pela explosão. De acordo com a imprensa inglesa, Abedi nasceu em Manchester de pais que fugiram do regime líbio de Muammar Khadaffi. A família de Abedi emigrou para Londres antes de se estabelecer no sul de Manchester, no bairro de Fallowfield, onde vivem há dez anos. Eles tiveram três filhos.

A prioridade das autoridades é estabelecer se Abedi agiu sozinho. As investigações iniciais indicam que a bomba utilizada pelo terrorista era caseira e que ele teria tido treinamento. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado nas redes sociais, indicando que um “dos soldados do califado colocou bombas no meio da multidão”. Os extremistas ameaçaram realizar novos ataques. Um homem de 23 anos foi preso poucas horas antes em Chorlton, ao sul de Manchester, por ligação com o atentado, segundo a polícia, que não especificou a natureza do vínculo.

O autor do ataque “deliberadamente visou crianças e jovens que deveriam estar aproveitando uma das melhores noites de suas vidas”, lamentou Theresa May.

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O atentado de Manchester é o mais grave na Inglaterra desde julho de 2005, quando vários atentados suicidas deixaram 52 mortos, incluindo quatro terroristas, e 700 feridos no metrô e em um ônibus  de Londres. Esta ação foi reivindicada por um grupo que dizia pertencer à Al-Qaeda.

A explosão acontece dois meses após o ataque realizado nos arredores do Parlamento de Londres, que fez 5 mortos, quando um homem avançou com seu carro contra uma multidão e esfaqueou um policial, e que foi igualmente reivindicado pelo EI.

Condenações em todo o mundo

A rainha Elizabeth II chamou de “ato bárbaro” o atentado suicida de Manchester na segunda-feira à noite. “A nação inteira está chocada (…) expresso minha mais profunda simpatia a todos os afetados por esse terrível evento, em particular as famílias e próximos daqueles que foram mortos ou feridos” neste “ato bárbaro”, declarou a rainha em um comunicado.

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“Nossa solidariedade com o povo do Reino Unido é total”, declarou o presidente americano Donald Trump. “Tantos jovens, belos, inocentes vivendo e apreciando suas vidas assassinados por perdedores maléficos”, afirmou Trump durante uma visita ao Oriente Médio.

A chanceler alemã Angela Merkel expressou sua “tristeza e horror”, enquanto o presidente russo Vladimir Putin declarou que está disposto para “desenvolver a cooperação antiterrorista” após o atentado “cínico e desumano”.

O presidente da França, Emmanuel Macron, expressou “horror e consternação” com o atentado.

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Reforço da segurança

Teresa May disse também que integrantes das Forças Armadas reforçarão a segurança em locais-chave e que militares podem ser deslocados para eventos públicos como shows e competições esportivas.

Em Londres, o prefeito Sadiq Khan, anunciou o reforço da segurança nas ruas da capital da Inglaterra. “Estou em contato constante com a Polícia Metropolitana. Os londrinos verão mais policiais em nossas ruas”, disse Khan.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos também anunciou “medidas de segurança reforçadas em e nos arredores dos locais e eventos públicos”.

(com AFP)

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