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Ignorando relatório da CIA, Trump reforça apoio a príncipe saudita

Apesar de conclusões da Agência de Inteligência, presidente americano exaltou sucesso na parceria econômica entre os países

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h02 - Publicado em 21 nov 2018, 15h56

Na última terça-feira 20, em declaração extraordinária, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou seu apoio à liderança saudita. O texto evita a pressão por sanções mais rígidas contra o país, dias depois de a CIA ter concluído que o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi foi realizado sob as ordens do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

Em pronunciamento, publicado no site oficial da Casa Branca, o presidente disse que “o príncipe poderia muito bem ter conhecimento desse trágico evento – e talvez ele soubesse, mas talvez não”, destacando que a culpa de Salman pode nunca ser comprovada: “talvez nunca saibamos de todos os fatos em torno do assassinato do Sr. Jamal Khashoggi mas, de qualquer forma, nosso relacionamento é com o Reino da Arábia Saudita. E eles têm sido ótimos parceiros na nossa importante luta contra o Irã”, completou o líder americano.

Trump exalta parceria econômica e militar

Segundo o New York Times, Trump reforçou a parceria econômica entre os países para se justificar. Ele afirma que punições contra o país árabe poderiam representar uma perda econômica de 110 bilhões de dólares para empresas como Boeing, Lockheed Martin e Raytheon, que contam com a força militar saudita como cliente, e 340 bilhões em outros acordos comerciais, fechados desde o início do seu mandato. Economistas e militares acreditam que esses números são exagerados.

Nesta quarta, 21, o presidente americano manteve seu tom condescendente com a liderança saudita, exaltando a redução dos valores do petróleo.

Em publicação no Twitter, Trump agradeceu Riad pela recente queda no preço do barril e pediu uma maior redução, que comparou a “um grande corte fiscal”, capaz de impulsionar as economias dos Estados Unidos e do mundo.

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O presidente americano tem repetidamente criticado os altos preços do petróleo e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) por sua produção, pressionando a Arábia Saudita, importante produtora de petróleo, a agir.

Os preços do petróleo subiram mais de 1% nesta quarta-feira, mas estavam tendendo para baixo havia semanas. Eles sofreram uma queda na terça-feira, após o relato de um declínio inesperado nos estoques de barris dos EUA. Diversos parlamentares, incluindo alguns colegas republicanos de Trump, criticaram duramente seu posicionamento.

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