Iceberg se aproxima de aldeia na Groenlândia e deixa população em alerta
Autoridades removeram moradores da região por temor de que o enorme bloco de gelo se rompa e cause tsunamis e inundações
A aproximação de um iceberg de um vilarejo na costa oeste da Groenlândia disparou o risco de tsunami e de inundações e levou as autoridades locais a retirar a população local nesta sexta-feira 13.
Avistado ontem (12), o imenso bloco de gelo parece estar preso a alguma estrutura dentro d’água e não se mover. Ainda assim, as forças de segurança pediram aos moradores da ilha Innarsuit que se afastem da costa, pois é possível que o iceberg se rompa e inunde a área, se avançar em direção à terra.
“Tememos que o iceberg possa se romper e causar uma inundação na aldeia”, disse Lina Davidsen, chefe de segurança da polícia da Groenlândia, à agência de notícias dinamarquesa Ritzau.
Uma pequena parte do bloco de gelo chegou a se romper, sem causar grandes danos. Chuvas fortes são esperadas na região até sábado, o que pode aumentar o risco de que o iceberg se parta.
A principal preocupação são as casas, as lojas e a estação de energia que ficam em uma elevação rochosa no vilarejo, perto de onde o bloco de gelo está. A ilha Innarsuit, a noroeste da Groenlândia, tem apenas 169 habitantes, mas apenas os moradores que vivem bem em frente ao possível ponto de encontro entre o bloco de gelo e a terra foram removidos.
Por segurança, esses moradores foram levados a uma outra região da ilha, ainda mais alta, para evitar que a água os atinja caso ondas gigantes invadam a comunidade. A expectativa é de um vento forte deslocar o iceberg de sua posição atual e levá-lo para longe da aldeia.
Deslizamentos de terra e tsunamis no Ártico são resultados naturais na região, onde blocos de gelo se expandem, partem, deslocam-se e derretem. Mas há preocupações de que, na medida em que a região se aquece em consequência das mudanças climáticas, outros icebergs sejam lançados à deriva no oceano. Isso representa um risco para as comunidades locais e para as embarcações que circulam pela região.
No ano passado, quatro pessoas morreram e onze ficaram feridas depois que um terremoto provocou um tsunami em outro assentamento na ilha, chamado Nuugaatsiaq.
(Com Reuters)