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Hiroshima: da destruição a forte polo turístico do Japão

Em 2016, 1,17 milhão de estrangeiros visitaram a cidade

Por Da redação
6 ago 2017, 14h09

Há 72 anos a bomba atômica atingiu Hiroshima e apagou o local do mapa. Apesar da destruição, a cidade conseguiu se reinventar e se colocar entre os lugares mais visitados do Japão.

Mais de 10 milhões de pessoas vão todo ano ao local que fica no oeste do Japão. Nos últimos quatro anos, o número médio de turistas na região triplicou. Apenas em 2016, 1,17 milhão de estrangeiros foram para lá.

Hiroshima faz parte da rota dos turistas ocidentais que vão ao Japão. Os visitantes são atraídos pelo Parque da Paz, que acolhe restos da Cúpula da Bomba  e um impressionante museu sobre o impacto do ataque.

Museu Memorial da Paz de Hiroshima guarda testemunhos dos sobreviventes da bomba atômica, bem como roupas e outros objetos das vítimas, em uma tentativa de mostrar aos visitantes a realidade depois do ocorrido.

“Há uma grande necessidade de atrair visitantes, incluindo turistas. Esta é uma oportunidade de ouro para informá-los sobre a necessidade da paz mundial”, declarou à agência EFE o prefeito da cidade e diretor da ONG Prefeitos pela PazKazumi Matsui.

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Há onze anos, o guia voluntário e sobrevivente mais jovem da bomba atômica, Kosei Mito, permanece ao lado da cúpula. Ele ainda estava no útero materno quando o acidente aconteceu.

“É minha obrigação estar aqui […] Todo mundo deveria saber o que realmente aconteceu. É muito importante que os sobreviventes falem sobre sua experiência”, explicou à Agência EFE, Mito, que é ex-professor de ensino secundário.

Durante esta última década, o “hibakusha” (nome pelo qual são conhecidos os sobreviventes da bomba) compartilhou a sua história com 66 mil pessoas procedentes de mais de 170 países, devido a que tem material informativo em sete idiomas diferentes.

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Os Estados Unidos fizeram o primeiro ataque nuclear da história sobre a cidade de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, e três dias depois lançou uma segunda bomba atômica sobre Nagasaki (sudoeste), o que levou à capitulação do Japão no dia 15 de agosto e pôs fim à Segunda Guerra Mundial.

Em 2016, Barack Obama foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar Hiroshima. O sobrevivente Shigeaki Mori lembra entre lágrimas a visita e, em particular, a imagem que tomou conta das capas de jornal em todo o mundo: ele sendo abraçado por Obama, foto que se converteu em um símbolo da reconciliação entre ambos os países.

“Sou tremendamente agradecido a ele (pelo reconhecimento)”, contou à agência EFE o pesquisador japonês de 80 anos, apenas um menino quando a bomba caiu em Hiroshima.

(Com agência EFE)

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