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Harvard bate de frente com Trump e rejeita lista de exigências do governo dos EUA

Entre as demandas estão a redução do poder de alunos e professores e a denúncia de estrangeiros que violem códigos de conduta às autoridades federais

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 abr 2025, 22h00 - Publicado em 14 abr 2025, 16h36

A Universidade Harvard anunciou nesta segunda-feira, 14, que não cumprirá uma lista de exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a instituição, as mudanças instadas pelo governo levariam a demandas “sem precedentes”. Na semana passada, a Casa Branca exigiu que a redução do poder de alunos e professores sobre assuntos internos; a denúncia de alunos estrangeiros que violassem códigos de conduta às autoridades federais e a contratação de funcionários externos para uma “diversidade de pontos de vista”.

“Nenhum governo — independentemente do partido no poder — deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem elas podem admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa elas podem seguir”, disse o presidente de Harvard, Alan Garber.

Por sua vez, a equipe jurídica de Harvard respondeu à carta de exigências que “não está preparada para concordar com demandas que vão além da autoridade legal desta ou de qualquer administração”. No mês passado, o governo Trump informou que estava analisando cerca de US$ 256 milhões (por volta de R$ 1,4 bilhões) em contratos federais e outros US$ 8,7 bilhões (mais de R$ 50 bilhões) em “compromissos de doações plurianuais” com a universidade, alegando que não fez o suficiente para combater casos de antissemitismo.

“Embora as ações recentes de Harvard para coibir o antissemitismo institucionalizado — embora já esperadas há muito tempo — sejam bem-vindas, há muito mais que a universidade deve fazer para manter o privilégio de receber o dinheiro suado dos contribuintes federais”, afirmou Josh Gruenbaum, alto funcionário da Administração de Serviços Gerais, em comunicado divulgado em março.

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Luta dos sindicatos

A decisão da universidade ocorre poucos dias após a Associação Americana de Professores Universitários e sua filial em Harvard abrirem um processo contra a administração Trump. Os sindicatos buscam uma ordem de restrição temporária para impedir os planos do governo dos EUA de cortar o financiamento federal a Harvard caso não cumpra uma série de demandas, incluindo a eliminação de programas DEI (relacionados à Diversidade, Equidade e Inclusão).

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As solicitações também abrangem a proibição do uso de máscaras em protestos estudantis e a “cooperação total” de Harvard com o Departamento de Segurança Interna, de forma a permitir “mudanças organizacionais necessárias para permitir o cumprimento integral”.

Em meio ao aumento de tensões, o secretário-tesoureiro do Capítulo de Faculdades da AAUP-Harvard, Nikolas Bowie, disse em comunicado que “nenhuma lei neste país permite que o presidente Trump suspenda bilhões de dólares de universidades como Penn, Princeton ou Harvard simplesmente porque ele não gosta de suas políticas sobre atletas transgêneros, suas pesquisas sobre mudanças climáticas ou a liberdade de expressão constitucionalmente protegida de seus alunos e professores”.

 

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