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Hamas rejeita proposta de cessar-fogo de Israel por ‘condições impossíveis’

Grupo palestino afirma que não aceitará acordo sem garantias para o fim permanente da guerra em Gaza ou a retirada total do exército israelense

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 abr 2025, 09h22 - Publicado em 18 abr 2025, 09h21

O Hamas rejeitou formalmente uma proposta de cessar-fogo de Israel nesta sexta-feira, 18, afirmando que não aceitará um acordo “parcial” que não inclua garantias para o fim permanente da guerra ou a retirada total do exército israelense da Faixa de Gaza. As negociações se tornaram ainda mais complicadas após as forças de Tel Aviv abandonarem a trégua anterior e retomarem ataques ao enclave palestino, após um impasse para avançar para a fase seguinte do plano.

O negociador-chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de apresentar uma oferta que “estabelece condições impossíveis para um acordo que não leva ao fim da guerra ou à retirada total (dos soldados de Israel)“.

A proposta

Ainda há 58 reféns em posse dos terroristas, que foram capturados após o ataque de 7 de outubro de 2023 contra comunidades do sul israelense. Acredita-se que 24 deles ainda estejam vivos.

Na proposta mais recente de Israel, o país pede a libertação inicial de dez reféns em troca de um cessar-fogo de 45 dias e a soltura de palestinos detidos em prisões israelenses, com a promessa de “novas discussões sobre o fim da guerra” e a retomada de entregas de suprimentos e ajuda humanitária a Gaza – que Tel Aviv bloqueou desde 2 de março.

Pela primeira vez, Israel exigiu o desarmamento completo do Hamas como parte do pacto – o que o grupo considerou um disparate. Hayya afirmou que era seu “direito natural” possuir armas e que não estava mais disposto a aceitar “acordos parciais como disfarce para a agenda política israelense, que se baseia na continuação da guerra de extermínio e fome”.

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Em vez disso, disse que o Hamas está pronto para aceitar um “pacote abrangente” que garanta a libertação de todos os reféns em troca de um número pré-acordado de prisioneiros palestinos. Uma condição fundamental, acrescentou ele, é que Israel “deve encerrar completamente a guerra contra nosso povo e se retirar totalmente da Faixa de Gaza”.

Ocupação permanente

Nesta semana, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que o exército vai permanecer por tempo indeterminado nas chamadas “zonas de segurança” de Gaza, criadas pelos militares desde que o antigo cessar-fogo foi violado, bem como em áreas na Síria e no Líbano.

Nas últimas semanas, soldados israelenses assumiram o controle de cerca de 30% do enclave palestino, incluindo partes de Rafah, no sul. Mais de 1.600 pessoas foram mortas em Gaza desde o fim da trégua, em março. Na madrugada desta sexta-feira, foram 15 vítimas de ataques aéreos, incluindo dez da mesma família.

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Após o Hamas rejeitar o acordo, o ministro das Finanças israelense, o ultradireitista Bezalel Smotrich, disse que era hora de “abrir as portas do inferno” em Gaza. No início desta semana, Katz, da Defesa, havia prometido usar “força tremenda” se o grupo não devolvesse os reféns.

Mediadores do Egito, Catar e Estados Unidos vem tentando restaurar um acordo, mas nenhum progresso foi feito na última rodada de negociações no Cairo esta semana, de acordo com autoridades.

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