Hamas diz que irá libertar seis reféns vivos no sábado, ao invés de apenas três
Na quinta-feira, grupo palestino devolverá os corpos de quatro reféns que morreram na Faixa de Gaza

O principal negociador do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou nesta terça-feira, 18, que o grupo militante palestino irá libertar seis reféns israelenses vivos no próximo sábado, em troca de centenas de palestinos detidos por Israel. Era esperado que apenas três reféns fossem libertados no fim de semana e, até o momento, o motivo da mudança não foi esclarecido.
Na quinta-feira, o grupo devolverá os corpos de quatro reféns israelenses que morreram na Faixa de Gaza.
Pouco depois da declaração, o governo de Israel confirmou que o acordo com foi fechado mais cedo nesta terça-feira, no Egito, e que mais quatro corpos serão devolvidos na semana que vem.
Dos 33 reféns com libertação prevista na primeira fase do acordo de cessar-fogo de três estágios, 19 já foram libertados e Israel diz que oito estão mortos. Os seis que serão libertados são os últimos reféns vivos na lista da primeira fase.
No último sábado, 15, o Hamas concretizou a sexta troca de reféns por prisioneiros, libertando mais três israelenses. O movimento se deu depois de o grupo afirmar no início da semana que adiaria a entrega, acusando o governo israelense de violar os termos da trégua, o que levou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a dar um ultimato: ou os cativos seriam soltos até a data prevista ou retomaria a guerra em Gaza.
As desavenças foram solucionadas depois que uma delegação liderada por al-Hayya se encontrou com autoridades de segurança egípcias na quarta-feira 12. Uma autoridade palestina próxima às negociações disse à agência de notícias Reuters que os mediadores Egito e Catar trabalharam para evitar um retorno aos combates.
Em uma declaração, o Hamas afirmou que os mediadores exerceram pressão para que o acordo de cessar-fogo fosse totalmente implementado, garantindo que Israel obedeça a um protocolo humanitário e retomando as trocas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses.
Antes do impasse ser quebrado. o Exército de Israel havia convocado reservistas diante de uma possível retomada da guerra em Gaza.