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Grupo rebelde declara cessar-fogo após avanço na República Democrática do Congo

A trégua foi anunciada unilateralmente, depois de confrontos com militares congoleses deixarem centenas de mortos no país

Por Redação 4 fev 2025, 10h11

O grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, anunciou um cessar-fogo humanitário na República Democrática do Congo (RDC) a partir desta terça-feira, 4, depois que confrontos com os militares congoleses deixaram centenas de mortos no país.

Os rebeldes tomaram Goma, a principal cidade no leste do país, após um avanço relâmpago na semana passada, quando cerca de 900 pessoas foram mortas e centenas de milhares foram deslocadas devido ao confronto armado. 

Em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira, a coalizão rebelde Alliance Fleuve Congo (AFC), que inclui o grupo armado M23, disse que havia decretado a trégua “em resposta à crise humanitária causada pelo regime de Kinshasa”, referindo-se ao governo da RDC.

Em contraste com declarações anteriores, aliança rebelde afirmou que “não tem intenção de capturar Bukavu ou outras áreas”, referindo-se à capital da província vizinha de Kivu do Sul, para onde muitas pessoas deslocadas de Goma fugiram.

“No entanto, reiteramos nosso compromisso de proteger e defender a população civil e nossas posições”, disseram os rebeldes.

O porta-voz das Forças Armadas, general Sylvain Ekenge, afirmou que o apelo por um cessar-fogo não era genuíno.

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“Você já viu os ruandeses cumprirem com sua palavra? Isso (o cessar-fogo) é uma comunicação para consumo internacional e para colocar a comunidade internacional para dormir de pé”, ele disse à emissora americana CNN.

O governo da RDC e grande parte da comunidade internacional acusam Ruanda de apoiar os rebeldes do M23. As Nações Unidas estimam que entre 3 mil e 4 mil soldados ruandeses supervisionam e apoiam os combatentes do grupo rebelde no leste do país.

Possível negociação de paz

O anúncio da trégua nos combates ocorre dias antes de uma cúpula regional na qual os presidentes do Congo e de Ruanda devem participar.

O presidente da RDC, Felix Tshisekedi, e o presidente ruandês, Paul Kagame, não compareceram anteriormente às negociações que tentavam intermediar um acordo de paz. No entanto, o Quênia, que detém a presidência rotativa do bloco da Comunidade da África Oriental, sugeriu que os líderes estarão presentes na cúpula que acontece neste fim de semana. 

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Na semana passada, Tshisekedi prometeu “uma resposta vigorosa e coordenada” contra o M23, descrevendo o grupo como “fantoche” de Ruanda.

O presidente ruandês, por sua vez, disse na segunda-feira que não tinha conhecimento de que as tropas de seu país estavam no leste da RDC.

Barril de pólvora

A fronteira leste da República Democrática do Congo é um barril de pólvora. A região é dominada por feudos liderados por diferentes grupos rebeldes e milícias, decorrentes de duas guerras regionais após o genocídio de Ruanda em 1994, quando extremistas hutus assassinaram cerca de 1 milhão de tutsis e hutus moderados. O M23 é o mais recente de uma longa linha de movimentos rebeldes tutsis no país.

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O M23 alega ser um movimento para proteger a população étnica tutsi na RDC. Em 2012, rebeldes tomaram Goma brevemente, retirando-se da cidade depois que países e organizações internacionais cortaram remessas de auxílio e financiamento a Ruanda por conta de seu apoio ao grupo. No entanto, voltaram a ganhar força no final de 2021, com o apoio crescente dos ruandeses.

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