Grupo de Lima pede ‘medidas adicionais de pressão’ contra Venezuela
Países se comprometeram a adotar sanções, mas rejeitaram o uso da força
Após reunião em Brasília nesta sexta-feira, 8, o Grupo de Lima defendeu a adoção de “medidas adicionais de pressão” contra a Venezuela e o regime de Nicolás Maduro.
Em uma declaração conjunta publicada após o encontro, os países membros se comprometeram a adotar as medidas em forma de “sanções especificas que permitam avanços na transição democrática, de acordo com os respectivos ordenamentos jurídicos nacionais”, mas rejeitaram o uso da força.
“Estiveram presentes na reunião em Brasília os ministros das Relações Exteriores de Argentina, Colômbia, Chile, Guatemala, Honduras e Peru, além de Ernesto Araújo, chanceler do Brasil.
Os países do Grupo de Lima, assim como o Brasil, reconhecem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e não consideram a última eleição de Maduro legítima.
Na nota divulgada nesta sexta-feira, o grupo voltou a pedir apoio internacional a Guaidó e informou apoiar a continuidade do presidente autoproclamado “até o fim da usurpação e a realização de eleições presidenciais livres, justas, transparentes e com observação internacional”.
Os países ainda condenaram os “vínculos explícitos” do regime Maduro com grupos armados e com organizações terroristas, assim como a proteção outorgada à presença de membros da guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN), da Colômbia, e de outros grupos armados ilegais.
A nota final também repudia o assassinato de Edmundo Rada, dirigente do partido Voluntad Popular. O corpo de Edmundo Rada foi encontrado ontem no final de outubro em uma estrada perto de Guaicoco, localidade do mesmo município. A polícia venezuelana encontrou o corpo queimado e com marcas de bala na cabeça. Suspeita-se de motivação política.