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Groenlândia e Panamá rejeitam novas ameaças expansionistas de Trump

Em discurso ao Congresso, presidente dos EUA falou em tomar ilha no Ártico 'de um jeito ou de outro', além de 'tomar de volta' o canal panamenho

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 mar 2025, 11h03 - Publicado em 5 mar 2025, 11h00

A Groenlândia e o Panamá rejeitaram veementemente nesta quarta-feira, 5, as novas ameaças disparadas pelo presidente americano, Donald Trump, em referência a absorver ambos os territórios como parte dos Estados Unidos.

Durante um discurso ao Congresso na véspera, para discorrer sobre as primeiras realizações de seu novo mandato, o republicano redobrou a sanha expansionista ao prometer que “vamos conseguir (a ilha no Ártico) de uma forma ou de outra”. Ele também disse que seu governo “recuperaria” o Canal do Panamá.

O presidente panamenho, José Raul Mulino, declarou nesta manhã que Trump estava mentindo quando disse que seu governo estava “reivindicando” o Canal do Panamá. O americano alega que os panamenhos concederam influência desproporcional à China na importante rota marítima.

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Os comentários de Trump ao Congresso foram feitos após um acordo anunciado na terça-feira pela americana BlackRock, maior gestora de fundos do mundo, que comprou os negócios portuários da empresa CK Hutchison, sediada em Hong Kong, no Canal do Panamá.

A BlackRock passará a ter 90% de participação na administração das instalações hoje nas mãos da empresa sediada em Hong Kong. O acordo também inclui a aquisição de outros 43 portos em 23 países.

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Em paralelo, o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, declarou nesta quarta-feira que o futuro da ilha está apenas nas mãos de sua população, que não tem desejo de ser americana ou dinamarquesa. Atualmente, é considerada um território semiautônomo do reino da Dinamarca.

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“Não queremos ser americanos, nem dinamarqueses, somos Kalaallit (groenlandeses). Os americanos e seu líder precisam entender isso”, disse Egede em uma publicação no Facebook. “Não estamos à venda e não podemos ser tomados. Nosso futuro será determinado por nós na Groenlândia”, acrescentou.

Em 11 de março, a ilha terá eleições gerais após uma campanha centrada no projeto de independência da ilha – que ganhou nova força à luz do interesse de Trump. Pesquisas de opinião sugerem que a maioria dos groenlandeses se opõe à união aos Estados Unidos, além de ser a favor de uma eventual independência da Dinamarca. O governo dinamarquês declarou repetidamente que a ilha do Ártico deve decidir seu próprio futuro e não está à venda.

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