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Governos latino-americanos exortam Maduro a convocar eleições

Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru e Uruguai assinaram comunicado contra mortos em manifestações

Por Da redação
18 abr 2017, 11h34

Mais de uma dezena de governos latino-americanos instaram o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a convocar eleições para resolver a crise no país, onde protestos deixaram ao menos cinco mortos e dezenas de feridos e detidos até o momento.

Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru e Uruguai assinaram um comunicado, na segunda-feira, para lamentar os mortos da onda de manifestações antigoverno ocorridas neste mês na nação caribenha, abalada por uma grave crise econômica e social.

“Exortamos o governo da República Bolivariana de Venezuela a definir rapidamente as datas para dar cumprimento a um cronograma eleitoral que permita uma pronta solução à grave crise que a Venezuela vive e que preocupa a região”, diz o comunicado divulgado por vários governos latino-americanos.

Os países também pediram ao governo e à oposição da Venezuela que mantenham a paz na quarta-feira, quando as duas forças sairão às ruas em um ambiente de alta tensão depois de meses de escassez aguda de alimentos e remédios, uma inflação descontrolada e uma violência política crescente.

“Fazemos um apelo ao governo (da Venezuela) para que garanta o direito à manifestação pacífica, tal como consagrado na Constituição… Da mesma forma, fazemos um apelo à oposição para que exerça seu direito com responsabilidade”, acrescentou o comunicado.

Os opositores acusam Maduro de ser “um ditador” que controla os tribunais e que usurpou o poder do legislativo para impor uma agenda socialista que está levando o país possuidor das maiores reservas mundiais de petróleo à ruína.

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Maduro, cuja popularidade vem despencando desde que assumiu o poder em 2014, afirma que seus adversários são “traidores” que buscam uma intervenção militar estrangeira, e atribui a culpa pela profunda recessão a uma “guerra econômica” promovida pelos Estados Unidos contra sua autoproclamada revolução bolivariana.

Embora a pressão internacional esteja aumentando, o sucessor do falecido Hugo Chávez ainda conta com o apoio de vários aliados no Caribe, além de Cuba, Equador e Bolívia, que não aceitam que a Venezuela seja punida na Organização de Estados Americanos (OEA) por não obedecer a Carta Democrática da entidade.

(com agência Reuters)

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