Governo Trump dá pontapé inicial em demissões em massa no setor de saúde dos EUA

Cortes fazem parte de um esforço abrangente da força-tarefa de Elon Musk para reduzir os gastos do governo

Por Sara Salbert SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 1 abr 2025, 11h57 - Publicado em 1 abr 2025, 11h57

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou nesta terça-feira, dia 1º, uma série de demissões no Departamento de Saúde e Serviços Humanos, dando início ao plano do republicano de cortar 10 mil empregos na área da saúde.

As demissões em massa fazem parte de um esforço abrangente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), uma força-tarefa chefiada pelo bilionário Elon Musk, para reduzir os gastos do governo.

Os avisos de demissão começaram a ser enviados na noite de segunda-feira para funcionários de agências de saúde dos Estados Unidos, incluindo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, a “Anvisa americana”) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

As divisões mais afetadas pelos cortes de empregos incluem aquelas encarregadas de lidar com o HIV e a Aids, melhorar a saúde das minorias e prevenir ferimentos, como aqueles provenientes de ataques a tiros. Além disso, os cortes atingiram áreas que respondem a surtos de doenças infecciosas, supervisionam a aprovação de novos medicamentos e fornecem seguro saúde.

Cortes na FDA

Dentre os funcionários demitidos, por exemplo, está o chefe do Centro de Produtos de Tabaco da FDA, Brian King. Toda a equipe do escritório de imprensa da agência reguladora de medicamentos e alimentos, bem como a maior parte de sua equipe de comunicação do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos (cerca de 50 pessoas), também foi demitida, de acordo com a agência de notícias Reuters, que conversou com fontes familiarizadas com o assunto.

Continua após a publicidade

Alguns funcionários da FDA que não perceberam que haviam sido demitidos receberam uma multa e foram mandados embora pelos seguranças ao chegarem no local de trabalho na terça-feira de manhã, segundo a Reuters.

No total, o objetivo é eliminar cerca de 2.400 empregos de tempo integral nos CDC, 3.500 empregos na FDA, 1.200 empregos no NIH e 300 empregos nos Centros de Serviços Medicare e Medicaid (seguros de saúde federais para idosos e pessoas de baixa renda, respectivamente).