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Governo Trump ameaça processar prefeitos que protegerem imigrantes: ‘Vamos atrás de vocês’

Cidades que receberam advertência são conhecidas como "santuários" por terem políticas locais mais brandas ao grande número de imigrantes que abrigam

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 ago 2025, 10h00

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, disse nesta quinta-feira, 14, que enviou cartas a prefeitos de 32 cidades, incluindo Nova York e Seattle, e a autoridades de condados que alertavam que o governo de Donald Trump tomará medidas legais caso leis de imigração sejam descumpridas. As cidades que receberam a advertência são conhecidas como “santuários” por terem políticas locais mais brandas e favoráveis ao grande número de imigrantes que abrigam.

“É melhor vocês cumprirem nossas políticas federais e a aplicação da lei federal, porque, se não fizerem, vamos atrás de vocês”, disse ela à emissora americana Fox News. “Nossos líderes precisam apoiar a aplicação da lei.”

Na carta, Bondi insta os governantes a retornem ao governo com informações que confirmem “seu compromisso com o cumprimento da lei federal e identifique as iniciativas imediatas que vocês estão tomando para eliminar leis, políticas e práticas que impedem a fiscalização federal da imigração”. Há um prazo limite para o retorno: a próxima terça-feira, 19 de agosto. 

Ela também relembra uma ordem executiva de Trump, datada de 28 de abril, na qual o republicano pedia que a procuradora-geral identificasse cidades e condados que “obstruíssem a aplicação das leis federais de imigração” e então “notificasse cada jurisdição santuário sobre seu desrespeito à aplicação das leis federais de imigração e quaisquer potenciais violações da lei criminal federal”. O descumprimento das normas, segundo o decreto, pode levar à abertura de um processo ou à retenção de subsídios.

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Autoridades rebatem

Os ofícios enviados eram padronizados e não ofereciam informações específicas sobre como as jurisdição estavam desrespeitando as medidas de imigração. Em resposta, a diretora de comunicações da cidade de Rochester (NY), Barbara Pierce, disse que “nada na carta da procuradora-geral Bondi é novo e nada tem mérito legal”, acrescentando: “A carta reitera muitos dos argumentos frívolos que o governo federal já apresentou em seu processo pendente contra a cidade de Rochester. Esses mesmos argumentos foram apresentados contra a cidade de Chicago e rejeitados pelo tribunal distrital federal do distrito leste de Illinois há quase um mês.”

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O prefeito de Seattle, Bruce Harrell, também criticou o posicionamento de Bondi e destacou que a “fiscalização da imigração é responsabilidade exclusiva do governo federal” e que “a cidade não interfere nem executa essas obrigações federais”. Ele afirmou, ainda, que as leis e políticas locais “protegem a segurança, a privacidade e os direitos constitucionais de todos os residentes de Seattle, mantendo-se em conformidade com a legislação aplicável.”

“Continuamos comprometidos com nossos valores locais, incluindo o de ser uma cidade acolhedora para todos. Continuaremos a defender nossos moradores e nossos direitos – e não hesitaremos em fazê-lo nos tribunais”, concluiu Harrell.

Em contrapartida, o gabinete do prefeito Eric Adams, de Nova York, optou por um tom conciliatório. Adams já foi do Partido Republicano (1997-2001), do Partido Democrata (2001-2025) e hoje é Independente. Ele, que concorre com dificuldades à reeleição, tornou-se um aliado de Trump, com visitas ao resort de Trump na Flórida. Adams foi investigado por acusações de ter recebido presentes que somam mais de US$ 100.000 (mais de R$ 538 mil) de cidadãos turcos em troca de favores. No entanto, o processo judicial foi rejeitado em abril deste ano, semanas após o governo Trump ter ordenado que as acusações de suborno contra o prefeito fossem retiradas. 

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“O trabalho de um prefeito é proteger a segurança de cada pessoa em sua cidade – e é exatamente isso que o prefeito Adams tem feito todos os dias há quase quatro anos”, disse Kayla Altus, secretária de imprensa de Adams. “Manter os nova-iorquinos seguros também significa garantir que eles se sintam seguros, e o prefeito Adams foi claro: ninguém deve ter medo de ligar para o 911, mandar os filhos para a escola ou ir ao hospital, e nenhum nova-iorquino deve se sentir forçado a se esconder nas sombras.”

É por isso que o prefeito apoia a essência das leis locais implementadas pelo conselho municipal, mas ele também pediu ao conselho que as reexamine para garantir que possamos trabalhar efetivamente com o governo federal para manter criminosos violentos fora de nossas ruas”, acrescentou ela. 

 

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