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Governador russo de Kherson pede a civis que deixem a região

Área tem sido foco de bombardeios frequentes tanto de Rússia quanto de Ucrânia e se intensificaram na última semana

Por Da Redação
Atualizado em 13 out 2022, 14h28 - Publicado em 13 out 2022, 14h18

Dezenas de mísseis russos atingiram cidades e vilas da Ucrânia nas últimas 24 horas, em mais uma série de ataques que tiveram início nesta semana após uma explosão atingir a ponte que liga a Crimeia à Rússia

Em meio aos bombardeios, o governador empossado pelo Kremlin na região de Kherson, uma das quatro províncias anexadas pelo presidente Vladimir Putin, pediu aos moradores para que deixem suas casas em meio ao conflito. 

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No dia seguinte à votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas que condenou a anexação das regiões, o governador Vladimir Saldo pediu ajuda a Moscou para retirar os civis que estão sofrendo com os ataques constantes. 

Desde agosto, Kherson tem sido o centro da grande contra-ofensiva ucraniana para retomar regiões no sul e no leste do país. Kiev afirma já ter recuperado mais de 5 mil quilômetros quadrados de seu território. No entanto, segundo autoridades na região, o Exército russo não está se preparando para deixar o local. 

Depois do sucesso da operação de retomada da Ucrânia e do ataque à ponte que liga a Crimeia ao território russo, o Kremlin intensificou sua campanha aérea, levando a pedidos do governo ucraniano por mais ajuda militar defensiva aos países do Ocidente. 

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A situação tem também preocupado a Europa como um todo, que teme que os ataques possam respingar em outros países. Nesta quinta-feira, aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reuniram em Bruxelas e revelaram planos de reforçar suas defesas aéreas nas próximas semanas. Anteriormente, a aliança também havia anunciado que iria reforçar suas infraestruturas críticas e áreas governamentais. 

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“Estamos vivendo tempos ameaçadores e perigosos”, disse a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, em uma cerimônia na qual a Otan se comprometeu a adquirir armas para criar um “escudo do céu europeu”.

Moscou fez um novo alerta de que a ajuda fornecida pelo Ocidente a Kiev é “uma parte direta do conflito” e reforçou que a entrada da Ucrânia na aliança militar irá desencadear um conflito global. 

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“O governo ucraniano está bem ciente de que tal passo significaria uma escalada garantida para uma Terceira Guerra Mundial”, disse o vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Alexander Venediktov, à agência de notícias estatal TASS.

Apesar do estímulo frequente à ideia, dificilmente a Ucrânia fará parte da Otan em um futuro próximo, porque isso colocaria os Estados Unidos e os países europeus diretamente na guerra.

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Na reunião desta quinta, que incluiu conversas a portas fechadas sobre planejamento nuclear, o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, prometeu defender “cada centímetro” de território dos membros da aliança. 

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Nas últimas 24 horas, mísseis russos atingiram mais de 40 assentamentos, enquanto a Força Aérea ucraniana realizou 32 ataques a 25 alvos russos, de acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

Segundo o governo ucraniano, os ataques russos têm o objetivo de atingir áreas civis e infraestrutura energética, para deixar vastas regiões do país sem eletricidade e usar o frio como arma. No entanto, a Rússia continua negando atacar civis e afirma que os alvos são estruturas de comunicação.

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De acordo com autoridades nacionais, pelo menos 26 pessoas foram mortas desde segunda-feira 10 e 28 instalações de energia relataram problemas no seu fornecimento. 

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