Fundação Clooney processa Venezuela por violação de direitos humanos
Ação foi protocolada na Argentina por organização do ator americano George Clooney e sua esposa, a advogada Amal Clooney
A Clooney Foundation for Justice, uma organização que luta pelo fim dos abusos dos direitos humanos fundada pelo ator americano George Clooney e sua esposa, a advogada Amal Clooney, acusou as forças de segurança da Venezuela na quarta-feira 13 de cometer crimes contra a humanidade e opositores do governo desde 2014. A ação foi aberta na Argentina, um dos únicos países que afirma que os julgamentos de crimes de guerra e tortura podem ser feitos em qualquer parte do mundo.
O processo foi movido em território argentino porque nenhuma autoridade venezuelana respondeu às denúncias. A ação foi feita em nome de duas famílias que foram vítimas das forças de segurança em diferentes regiões da Venezuela, que é liderada pelo presidente Nicolás Maduro desde 2013. No entanto, segundo um porta-voz da fundação, o processo foi arquivado.
“Estamos falando de detenções arbitrárias, tortura, execuções extrajudiciais”, disse Ignacio Jovtis, advogado da organização. “Estes não são casos isolados. Os casos que estamos apresentando são ilustrativos daqueles que documentamos há anos”, acrescentou.
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O Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia investiga supostas violações dos direitos humanos na Venezuela. Além disso, uma missão independente das Nações Unidas acusou o governo Maduro de cometer crimes contra a humanidade. Segundo a Human Rights Watch, 7,2 milhões de venezuelanos fugiram do país desde 2014, sendo que quase 6 milhões foram para outros países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil.
No ano passado, a justiça argentina tinha concordado anteriormente em investigar os supostos crimes contra a humanidade cometidos na Espanha e em Mianmar. A atitude incentivou a fundação do ator americano a apresentar uma denúncia em Buenos Aires.