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França alerta Trump contra ameaça às ‘fronteiras soberanas’ da União Europeia

Presidente eleito dos EUA disse que não descartaria uso de força militar para incorporar território

Por Da Redação
Atualizado em 8 jan 2025, 14h01 - Publicado em 8 jan 2025, 12h58

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou nesta quarta-feira, 8, que a União Europeia não permitirá que outras nações ataquem suas fronteiras soberanas, após o presidente eleito americano, Donald Trump, se recusar a descartar o uso de força para tomar o controle da Groenlândia. 

Trump, que será empossado em 20 de janeiro, expressou repetidamente seu interesse de que o governo americano compre o território, que faz parte da Dinamarca há mais de 600 anos, e chegou a declarar na terça-feira, 7, que considera inclusive ações militares ou econômicas para tornar a ilha parte dos Estados Unidos (bem como o Canal do Panamá). No mesmo dia, seu filho, Donald Trump Jr., fez uma visita pessoal à região dinamarquesa.

Barrot, por sua vez, disse que não acreditava que os EUA invadiriam a Groenlândia. “Obviamente não há dúvidas de que a União Europeia não deixaria outras nações do mundo atacarem suas fronteiras soberanas, quem quer que sejam”, disse ele à rádio France Inter. “Somos um continente forte.”

No entanto, o ministro francês ponderou que “entramos numa era de regresso da lei do mais forte”, tornando tal ato autoritário possível. 

+ Groenlândia pode se tornar independente, mas não será parte dos EUA, diz Dinamarca

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Apesar de fazer parte da Dinamarca há séculos, a Groenlândia, onde vivem 57.000 pessoas, controla a maioria de seus assuntos domésticos como um território semisoberano sob o reino dinamarquês. Suas relações com a nação europeia têm se tornado cada vez mais tensas, devido a uma série de alegações de má gestão do território e maus-tratos à população local durante o domínio colonial.

“Não estamos à venda”

Em resposta à ameaça de Trump para coagir o governo dinamarquês a vender a Groenlândia com um tarifaço, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, afirmou que uma guerra comercial com os Estados Unidos não é o melhor caminho a seguir para nenhum dos lados.

Já o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, reiterou que a ilha não está à venda. Em seu discurso de Ano-Novo, ele intensificou sua pressão pela independência do território. A Dinamarca também afirmou que não vai vender a região e que apenas os groenlandeses podem decidir seu destino.

A Dinamarca é o lar da Novo Nordisk, a empresa mais valiosa da Europa, que fabrica o medicamento para perda de peso Ozempic, que se tornou extremamente popular entre os americanos. O país também é responsável pela segurança e defesa do território, mas suas capacidades militares no Ártico são limitadas a quatro embarcações de inspeção, um avião de vigilância Challenger e patrulhas de trenós puxados por cães.

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