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Fortes chuvas deixam milhares de desabrigados na Austrália

Mais de 40 mil pessoas foram afetadas pelas inundações; Sydney emitiu alerta aos habitantes

Por Matheus Deccache 1 mar 2022, 12h16

Moradores da cidade de Ballina, na Austrália, estão enfrentando uma série de inundações após uma semana de chuvas intensas. Nova pessoas já morreram no estado da Nova Gales Sul, no leste do país;

O Serviço de Emergência do estado emitiu uma ordem de evacuação para o centro da cidade nesta terça-feira, 1, orientando as pessoas a deixarem suas casas até às 19h, horário local. 

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O hospital de Ballina precisou ser evacuado devido ao aumento das águas causado pelas inundações, transferindo cerca de 55 pacientes para a instalação de emergência improvisada montada em um colégio do ensino médio. 

É esperado que o nível da água do rio Richmond, principal rio da região, atinja o seu pico já nas próximas horas, coincidindo com a maré alta. A cidade está em alerta máximo desde o último domingo depois que as águas do rio Wilsons chegaram a 14,4 metros na segunda, causando inundações em várias cidades próximas a Ballina. 

Algumas casas ao oeste do município já foram inundadas, porém as águas recuaram rapidamente. No entanto, espera-se que novas inundações ocorram devido ao aumento da maré, que pode chegar a até 1,8 metro. 

Na cidade de Lismore, uma das mais afetadas, as águas danificaram centenas de residências e empresas e precisarão ser bombeadas para que sejam drenadas completamente. O número de pessoas ilhadas ainda é incerto, mas a polícia local já confirmou a morte de uma idosa. 

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As equipes de resgate já resgataram 230 pessoas nas áreas do rios desde o início das inundações e os serviços de energia e telefonia foram desligados, o que prejudica o andamento das buscas.

O Serviço de Estado de Emergência australiano (SES), emitiu uma ordem de evacuação para as áreas baixas ao sul de Ballina nas primeiras horas de terça. Às 7h, horário local, a recomendação mudou e foi pedido aos moradores que procurassem terrenos mais altos, uma vez que não havia mais tempo para evacuações.

“Devemos nos preparar para a possibilidade de que vidas tenham sido perdidas. Embora eu adoraria pensar, e realmente espero, que não veremos nenhuma morte neste evento, acho que não é realista que um desastre dessa magnitude signifique que não há vidas perdidas”, disse a ministra dos Serviços de Emergência de Nova Gales do Sul, Steph Cooke.

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Dezessete áreas do governo local, incluindo Ballina, foram declaradas como zonas de desastre natural, ao mesmo tempo que 26 alertas de evacuação foram emitidos, afetando diretamente mais de 40.000 moradores.

Em Lismore, a força da água rompeu o dique de inundação na última segunda-feira depois que o rio Wilsons atingiu o pico de 14,4 metros, o maior já registrado na região. 

Até esta terça, mais de 4.000 resgates já foram realizados na cidade e outros 400 moradores aguardavam pelas equipes de salvamento, de acordo com o prefeito. 

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Já em Ballina, estima-se que 7.000 casas estejam inundadas. “A água se moverá lentamente, mas todas as previsões, todos os modelos de inundação que a equipe fez, estamos enfrentando uma inundação de um em 500 anos e essa é uma situação séria para nossa cidade”, disse a prefeita, Sharon Cadwallader. 

O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Dominic Perrottet, pediu aos moradores do sul do estado, que inclui a região metropolitana de Sydney, que fiquem atentos a eventuais ordens de evacuação, uma vez que a tempestade está se movendo rapidamente para a região. 

“Para todas as pessoas, principalmente na costa leste do nosso estado, essas questões podem surgir em seu caminho. Então, se esses avisos de evacuação forem feitos, precisamos nos preparar, precisamos trabalhar juntos para superar isso como estado”, disse. 

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