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Terremoto mais forte em 140 anos deixa ao menos cinco mortos na Croácia

'Minha cidade está completamente destruída, temos crianças mortas', diz prefeito de Pretinja, a cerca de 60 km da capital Zagreb

Por Da Redação Atualizado em 29 dez 2020, 14h50 - Publicado em 29 dez 2020, 11h13

Um poderoso sismo de magnitude 6,4 foi registrado na Croácia na manhã desta terça-feira, 29, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), provocando o desabamento de prédios na cidade de Petrinja, no centro do país.

Segundo o Centro Sismológico Euromediterrâneo, o sismo, o mais forte em 140 anos no país, seria de magnitude 6,2 e de profundidade de 10 quilômetros. O tremor foi sentido com força também na capital, Zagreb, onde moradores assustados saíram às ruas.

A rede estatal croata HRT confirmou que uma jovem de 13 anos morreu na cidade de Petrinja. “O centro de Petrinja não existe mais”, afirmou a HRT em boletim. “Uma menina morreu e há feridos e pessoas dentro de prédios desabados”.

Em comunicado à emissora, o prefeito da cidade, Darinko Dumbovic, disse: “Minha cidade está completamente destruída, temos crianças mortas”.

Outras quatro pessoas, entre elas um pai e um filho, morreram na cidade de Glina, segundo a agência de notícias croata Hina, citando o vice-prefeito.

Em um vídeo publicado pela rede Sky News, é possível ver pessoas retirando um menino de destroços após o terremoto.

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Imagens da cidade, de cerca de 20.000 habitantes, mostravam o colapso de telhados e ruas com escombros. O tremor se deu um dia após um sismo de menor magnitude em Petrinja que causou danos em edifícios.

Países vizinhos

Os Bálcãs são uma zona de forte atividade sísmica, e esses fenômenos são frequentes. A planta nuclear eslovena de Krsko foi fechada de forma preventiva, informou uma porta-voz da central atômica.

“Posso confirmar o fechamento preventivo” da unidade, disse a porta-voz Ida Novak Jerele à AFP. Segundo a agência de notícias STA, trata-se de um “procedimento normal em caso de fortes terremotos”.

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O terremoto também foi sentido na capital da Eslovênia, Liubliana, assim como em vários países da região, especialmente na Hungria e na Áustria, relataram testemunhas em depoimentos aos jornais.

Construído na época iugoslava e em funcionamento desde 1983, o reator do tipo Westinghouse de Krsko, de 700 megawatts de potência, é o único da Eslovênia. O país compartilha este sítio nuclear com a Croácia.

Chegou-se a programar o encerramento de sua atividade para 2023, após 40 anos de funcionamento. Em 2015, porém, Liubliana e Zagreb decidiram prolongar sua atividade por mais 20 anos, apesar dos protestos de várias ONGs.

A central cobre em torno de 20% das necessidades elétricas da Eslovênia, e 15%, no caso da Croácia.

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