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FBI invade celular de autor de atentado contra Trump em busca de pistas

Especialistas examinaram mensagens de textos, e-mails, atividades nas redes sociais e histórico de navegações do atirador

Por Mafê Firpo 16 jul 2024, 16h30

Depois de conseguir invadi o celular do do Thomas Matthew Crooks, jovem de 20 anos que tentou assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o FBI continua nesta terça-feira, 16, em busca de pistas que consigam esclarecer os motivos que teriam levado o jovem a cometer o atentado. O aparelho usado pelo agressor foi enviado para Quantico, na Virgínia, para que técnicos do serviço doméstico de inteligência e segurança americana tivessem acesso ao seu conteúdo.

Até o momento, as análises conduzidas no telefone de Crooks não forneceram pistas sobre o que levou o jovem a cometer uma tentativa tão descarada contra a vida de Trump. Os investigadores examinaram mensagens de textos, e-mails, redes sociais e histórico de navegações do atirador, mas não encontraram evidências sobre as motivações do atentado nem conexões com outras pessoas que poderiam estar envolvidas.

Além de analisar o celular, o FBI conduziu mais de 100 interrogatórios, revistaram a casa e o veículo do atirador e refizeram sua trajetória nas 48 horas antes da tentativa de matar Trump, que incluiu uma rápida parada em um clube de tiros, loja varejista e de arma. Segundo um boletim do serviço doméstico de inteligência e segurança e do Departamento de Segurança interno, dois dispositivos explosivos improvisados foram encontrados no carro de Crooks e em sua casa. Além disso, no dia do atentado, o jovem comprou 50 cartuchos de munição antes de ir ao comício

“Nos últimos meses, Crooks recebeu vários pacotes, incluindo alguns marcados como possivelmente contendo material perigoso, de acordo com uma revisão de seu histórico de remessas”, acrescentou o boletim.

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Arma emprestada

No dia do tiroteio, Crooks pediu emprestado para o seu pai uma rifle AR15, usada pelo jovem na tentativa de assassinato do republicano, informou a emissora estadunidense ABC News. Em justificativa, o atirador afirmou que estaria indo a um campo de tiro e, como já era comum esse hábito, seu pai não achou suspeito o pedido.

O rifle usado pelo jovem foi comprado legalmente pelo seu pai em 2013. Agora, a polícia vasculha lojas de armas locais para obter mais informações sobre os hábitos de compra de munição de Crooks.

Poucos momentos antes do tiroteio, algumas pessoas na multidão tentaram mostrar que havia um atirador para os agentes do Serviço Secreto. Um policial chegou a subir no telhado para atacar o jovem, que virou sua arma e o fez recuar do local, disse o xerife do Condado de Butler, Michael T. Slupe, à ABC News.

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Após ser interrompido, o suspeito começou a atirar em direção de Trump – no momento o candidato republicano virou a cabeça para olhar um telão, movimento que, segundo o candidato, salvou sua vida. Em seguida, Crooks foi morto por quatro atiradores de elite do Serviço Secreto que estavam posicionados nos telhados ao redor do protesto. Os tiros, além de atingir a orelha do ex-presidente, matou uma pessoa.

Em busca de motivos

A atual investigação federal sobre a tentativa de assassinato do republicano está focado nas razões que motivaram o crime e se ele foi auxiliado por terceiros. Crooks, que deixou poucas pistas sobre o motivo por trás do atentado e como conseguiu chegar tão perto de matar Trump, tinha um emprego júnior na área de enfermagem perto de sua cidade natal, Pensilvânia. Na escola, na qual se formou em 2022, tinha uma reputação de aluno exemplar, mas quieto.

Nas investigações das redes sociais, o FBI não encontrou nenhum post ameaçador. Além disso, não foi encontrado nenhum histórico de doenças mentais e, até o momento, as autoridades acreditam que ele agiu sozinho. Crooks era um eleitor registrado como republicano, ou seja, era elegível para dar seu primeiro voto presidencial no dia 5 de novembro. Seu pai também é um republicano registrado enquanto sua mãe é democrata.

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Segundo pessoas próximas ao atirador, Crooks nunca foi interessado por política e raramente tocava no assunto. Um colega, que pediu para não ser identificado, disse à agência internacional Reuters que o jovem nunca demonstrou afinidade pelo tema e que, em sua maioria, seus interesses se centravam em informática e videogames.

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