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Ex-senador boliviano segue em estado grave após queda de avião

Asilado no Brasil desde 2013, ex-senador segue internado. Seu estado é instável e grave

Por Da Redação
13 ago 2017, 15h27

O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, asilado no Brasil desde 2013, segue internado em estado grave em um hospital do Distrito Federal após sofrer um acidente com o pequeno avião que pilotava, informaram neste domingo fontes médicas.

O quadro clínico de Molina, de 58 anos, é instável e a sua situação é grave, segundo explicou a Secretaria de Saúde de Brasília, em um comunicado enviado à Agência Efe.

Molina, que sofreu politraumatismo e um traumatismo cranioencefálico, não foi submetido ainda a nenhum tipo de cirurgia. Por enquanto os médicos realizaram uma drenagem bilateral no tórax e uma traqueostomia de urgência. O boliviano respira com ajuda de ventilação mecânica.

Roger Molina sofreu o acidente na tarde do sábado em um clube aéreo da cidade de Luziânia, em Goiás, por motivos que estão sendo investigados pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A aeronave caiu pouco após a decolagem e ficou praticamente destruída, segundo afirmaram os bombeiros, que tiveram que recuperar o ex-senador entre os destroços do aparelho. Roger Pinto Molina foi transferido de helicóptero ao Hospital de Base do Distrito Federal, onde continua internado.

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Molina foi até à embaixada do Brasil em La Paz em 2012, quando ainda era senador, alegando ser perseguido politicamente pelo governo de Evo Morales. Sem salvo-conduto da Bolívia, Molina conseguiu fugir e cruzar a fronteira com ajuda de diplomatas brasileiros.

A fuga provocou uma grande crise diplomática entre os dois países, que acabou com a renúncia do então ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Um tribunal da Bolívia sentenciou neste ano o ex-senador a cinco anos de prisão por delitos de conduta antieconômica, resoluções contrárias à Constituição e as leis, incumprimento de deveres e uso indevido de influências. Os fatos remetem ao ano 2000, quando, segundo a sentença, Molina realizou uma venda ilegal de terrenos quando era presidente da Zona Franca de Cobija, no norte amazônico da Bolívia.

(Com EFE)

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