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Ex-presidente sul-coreana é oficialmente acusada por corrupção

Park Geun-hye, que foi oficialmente afastada do governo em março, pode ser condenada de dez anos de cárcere até prisão perpétua

Por Da redação
17 abr 2017, 10h01

Promotores sul-coreanos indiciaram nesta segunda-feira a ex-presidente da Park Geun-hye por uma série de acusações relativas ao escândalo de corrupção que levou ao seu impeachment. O caso já levou ao indiciamento de mais de 30 figuras proeminentes do governo e do setor corporativo da Coreia do Sul. Se confirmada a denúncia, a ex-presidente poderá ser condenada a um mínimo de dez anos de cárcere e inclusive à prisão perpétua.

Entre as acusações apresentadas contra Park estão a de suborno, abuso de poder, coação e vazamento de segredos oficiais, informou a agência “Yonhap”. Segundo a promotoria, Park teve um papel central no escândalo, que veio à tona em outubro do ano passado após uma emissora local noticiar que a então presidente havia compartilhado documentos confidenciais do governo com uma amiga íntima, Choi Soon-sil. A suspeita é que Choi usou sua amizade com a presidente para interferir em assuntos federais e garantir seu enriquecimento ilícito.

De acordo com os promotores, Park, em conluio com Choi, abusou de sua autoridade de presidente para obter 77,4 bilhões de wons sul-coreanos (o equivalente a 68 milhões de dólares) de 18 conglomerados, incluindo Samsung e Lotte. O montante teria sido doado a duas entidades ligadas a Choi. A investigação aponta ainda que os conglomerados receberam favores políticos apoiados por Park. Lee Jae-yong, presidente da Samsung, foi preso de maneira preventiva em fevereiro e está sendo julgado.

Impeachment

A Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou o impeachment de Park em dezembro. Em março, o Tribunal Constitucional confirmou o afastamento da então presidente e a destituiu de imunidade em processos criminais.

As acusações formais preparam o terreno para o julgamento de Park, que deverá começar nas próximas semanas. A ex-presidente poderá ficar em prisão preventiva por até seis meses, enquanto o processo judicial se desenrola.

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A imputação oficial da ex-presidente, que defendeu sua inocência em todos os interrogatórios, coincide com o início da campanha eleitoral para as eleições presidenciais adiantadas que acontecem no dia 9 de maio.

 (Com EFE e Estadão Conteúdo)

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