Evo Morales é reeleito na Bolívia
Tribunal Supremo Eleitoral anuncia que presidente boliviano obteve 47% dos votos, contra 36,5% para Carlos Mesa
A apuração online do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) dá a vitória ao presidente boliviano, Evo Morales, sobre o opositor Carlos Mesa, no primeiro turno das eleições realizadas no domingo, após a apuração de 99,81% dos votos. Segundo o site do TSE, Morales obteve 47,06% dos votos, contra 36,52% para Mesa, o que garante sua reeleição.
Os números incluem os votos válidos dos eleitores na Bolívia e dos bolivianos disseminados em 33 países do mundo. A apuração, porém, é seriamente questionada por diversos setores bolivianos, que paralisaram várias cidades do país, e posta sob suspeita pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
Uma aliança oposicionista formada em torno de Carlos Mesa, presidente entre 2003 e 2005, exige a convocação “imediata” de um segundo turno eleitoral. As denúncias de fraude surgiram após um primeiro resultado do sistema de apuração rápida (TREP), sobre 84% dos votos, que indicava um segundo turno entre Morales e Mesa. Após a divulgação desses números, o sistema foi paralisado durante horas e retornou indicando a reeleição do presidente em primeiro turno.
Antes da divulgação do resultado pelo TSE, Morales se declarou vencedor das eleições em entrevista coletiva, mas admitiu a possibilidade de disputar um segundo turno, caso o resultado final do TSE assim o determinasse. Isso finalmente não ocorreu.
A União Europeia (UE) somou-se nesta quinta-feira ao pedido da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que se realize um segundo turno entre Morales e Mesa, visando restabelecer a confiança no processo eleitoral.
“A União Europeia compartilha plenamente da avaliação da OEA no sentido de que as autoridades bolivianas deveriam concluir o processo de contagem em curso e que a melhor opção seria realizar um segundo turno para restabelecer a confiança e assegurar o respeito pleno à escolha democrática do povo boliviano”, declarou em um comunicado a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic, distribuído em La Paz.
(Com EFE)