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Europeus cogitam expulsar diplomatas russos por caso de ex-espião

O Reino Unido já havia ordenado a saída de 23 representantes do país depois que Sergei Skripal e sua filha foram atacados em uma cidade inglesa

Por Da redação
Atualizado em 10 abr 2018, 16h56 - Publicado em 23 mar 2018, 10h58

Vários governos da União Europeia (UE) cogitaram, nesta sexta-feira, expulsar diplomatas da Rússia para demonstrar apoio ao Reino Unido, que ordenou a saída de 23 “agentes de inteligência não declarados” de Moscou depois de um ataque com um agente químico contra um ex-espião russo em uma cidade inglesa.

Como incentivo à primeira-ministra britânica, Theresa May, a UE como um todo concordou na quinta-feira em culpar Moscou pelo ataque, que um juiz da Inglaterra disse poder ter causado danos cerebrais nas vítimas — o ex-agente duplo Sergei Skripal e sua filha, Yulia.

Essa decisão levou a um endurecimento da linguagem que a UE vinha usando. O presidente francês, Emmanuel Macron, e outros ajudaram May a vencer a hesitação de alguns dos Estados mais simpáticos a Moscou, alguns dos quais questionaram quão definitivas são as provas britânicas.

Como gesto simbólico de união de propósitos, o bloco também convocou o embaixador russo na UE para consultas — uma forma convencional de protesto diplomático.

E como sinal de que as nações estão prontas para ir além e punir a Rússia, que nega qualquer envolvimento no ataque, vários líderes da UE disseram nesta sexta-feira que estão cogitando expulsar diplomatas.

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“O que iremos estudar nos próximos dias é se queremos adotar ações individuais relacionadas a diplomatas russos na Irlanda”, disse o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, aos repórteres ao chegar para o segundo dia de uma cúpula da UE em Bruxelas.

“Por isso teríamos que fazer uma avaliação de segurança como a que eles (Reino Unido) fizeram… não expulsaremos pessoas aleatoriamente”.

Londres vem clamando por uma ação coordenada contra a Rússia desde que os Skripal foram descobertos desmaiados em um banco na cidade inglesa de Salisbury em 4 de março, o primeiro caso conhecido de uso ofensivo de uma toxina que ataca o sistema nervoso na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

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Algumas autoridades britânicas vêm pressionando outros países para que expulsem diplomatas desde que Londres pediu a saída de 23 russos, uma ação seguida por medidas de Moscou como o fechamento do centro cultural britânico em São Petersburgo.

Mas primeiro May teve que convencer outros a apoiarem um comunicado austero segundo o qual a UE “concordou” com seu governo “de que é altamente provável que a Federação Russa seja responsável e que não existe explicação alternativa plausível”.

(Com Reuters)

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