Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

EUA vão monitorar redes sociais de imigrantes em busca de postagens ‘antissemitas’

Nova diretriz do governo Trump permite negar vistos, green cards e outros benefícios migratórios

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 abr 2025, 17h38

Em meio à repressão crescente contra manifestações pró-Palestina nos Estados Unidos, o governo de Donald Trump anunciou na quarta-feira, 9, que passará a monitorar as redes sociais de imigrantes em busca de postagens consideradas “antissemitas”. A medida, já em vigor, poderá levar à negação de vistos, green cards e outros benefícios migratórios, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS).

“Não há espaço nos Estados Unidos para simpatizantes do terrorismo do resto do mundo. Quem acha que pode vir para cá e se esconder atrás da Primeira Emenda para defender a violência antissemita e o terrorismo — pense duas vezes. Você não é bem-vindo aqui”, declarou Tricia McLaughlin, secretária-assistente de Relações Públicas do DHS.

A nova medida não se limita a indivíduos. Instituições de ensino “vinculadas a atividades antissemitas” também passarão a ser monitoradas. O Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, na silga em inglês) afirmou em nota que o critério de avaliação se baseará na definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, embora o próprio autor da definição tenha dito recentemente que o governo Trump tem usado sua interpretação de maneira distorcida.

Grupos judaicos progressistas condenaram a medida. “Tratar o antissemitismo como um problema importado não combate o antissemitismo”, afirmou o Projeto Nexus, que defende a liberdade de expressão e os direitos civis. “Perseguir imigrantes com termos vagos como ‘simpatizantes de terroristas’ apenas amplia a repressão ideológica.”

Desde que reassumiu a Presidência, Trump vem apertando o cerco a imigrantes e estudantes estrangeiros. Mahmoud Khalil, um palestino com green card, foi preso em frente à esposa grávida após participar de protestos contra os bombardeios em Gaza. Outro alvo foi Badar Khan Suri, um pesquisador indiano pós-doutorando em Georgetown, acusado de ligações com o Hamas — ele nega qualquer envolvimento. Em ambos os casos, as detenções ocorreram sem provas públicas e geraram comoção acadêmica.

O contexto político reforça o radicalismo político do governo Trump. Elon Musk, nomeado “funcionário especial do governo”, fez saudações de conotação fascista durante o comício de posse de Trump, e o vice-presidente JD Vance se reuniu recentemente com Alice Weidel, líder do partido político de extrema direita alemão Alternativa para a Alemanha, ou AfD.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.