EUA trocam prisioneiros com a China, que liberta três americanos detidos
Acordo ocorre na reta final do mandato de Joe Biden, que será substituído por Donald Trump em janeiro
A Casa Branca anunciou, nesta quarta-feira, 27, que três cidadãos norte-americanos que estavam detidos na China há vários anos foram libertados e estão a caminho dos Estados Unidos. O acordo diplomático que resultou na sua libertação é considerado raro e ocorreu nos últimos meses do mandato do presidente Joe Biden, com as negociações envolvendo a troca de prisioneiros com Pequim.
Os três americanos libertados são Mark Swidan, Kai Li e John Leung, todos considerados pelo governo dos Estados Unidos como injustamente encarcerados. Em troca, os EUA liberaram cidadãos chineses não identificados.
“Todos os americanos detidos injustamente na República Popular da China estão agora em casa”, afirmou um porta-voz do governo americano.
Além disso, o Departamento de Estado americano reduziu o nível de alerta de viagens para a China continental, sinalizando uma tentativa de reaproximação entre os países.
Detido desde 2012, Mark Swidan enfrentou condições precárias e uma condenação à morte em 2019 por acusações relacionadas a drogas, que sua mãe descreveu como infundadas. Já Kai Li, preso em 2016 sob alegações de espionagem, cumpria uma sentença de dez anos. Harrison Li, filho de Kai, afirmou à emissora americana CNN que havia perdido a esperança de rever seu pai com vida.
John Leung, outro americano incluído na troca, foi preso em 2021 e condenado à prisão perpétua dois anos depois, também por acusações de espionagem. Sua libertação surpreendeu analistas, dada sua ligação anterior com grupos pró-Pequim nos Estados Unidos.
A embaixada chinesa em Washington não se pronunciou sobre o caso.