Trump recua, e EUA reduzem tarifas em movimento que pode ajudar o Brasil
Brasil é um dos maiores exportadores de café para o país americano
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que reduz tarifas de importação de café, carne vermelha, tomate e banana, entre outros produtos agrícolas.
“Depois de considerar as informações e recomendações (…), o andamento das negociações com vários parceiros comerciais, a demanda interna atual por determinados produtos e a capacidade doméstica atual de produzi-los, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar ainda mais o escopo dos produtos sujeitos à tarifa recíproca”, afirmou Trump.
O Ministério da Agricultura informou que a redução incide apenas sobre a chamada tarifa recíproca, aplicada a todos os países pelos EUA. No caso do Brasil, essa taxa é de 10%. Posteriormente, no entanto, o país americano impôs uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros — essa segue valendo, de acordo com a pasta do governo Lula.
Na terça, Trump havia dito em entrevista à Fox News que pretendia reduzir “algumas tarifas” sobre a importação de café para os Estados Unidos. O republicano, no entanto, não havia especificado os países que seriam afetados.
“Nós vamos baixar algumas tarifas sobre o café, e vamos ter algum café entrando”, afirmou Trump. O Brasil é um dos maiores fornecedores de café aos Estados Unidos e, desde agosto, sofre com a sobretaxa de 50% na venda de produtos ao país americano.
Desde a imposição da tarifa, o preço médio do café brasileiro nos EUA subiu cerca de 40%, tornando-se menos competitivo frente a origens como Honduras e Vietnã. Essa mudança levou importadores americanos a renegociar contratos e reduzir compras de blends brasileiros, tradicionalmente usados por grandes torrefadoras e redes de cafeterias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Trump se encontraram na Malásia no fim de outubro e, depois de uma conversa aparentemente amigável, destacaram representantes para discutir um acordo comercial para reduzir as tarifas. As negociações continuam e, nesta semana, o ministro Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, se encontraram em Washington para nova conversa.
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