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EUA impõem sanções a três venezuelanos e vinte entidades por tráfico

Narcotraficantes penalizados têm ligações com o regime do presidente Nicolás Maduro

Por Da redação
Atualizado em 7 Maio 2018, 18h11 - Publicado em 7 Maio 2018, 16h58

A menos de duas semanas das eleições presidenciais da Venezuela, os Estados Unidos impuseram nesta segunda-feira (7) sanções a três venezuelanos e vinte entidades por atividade de narcotráfico e lavagem de dinheiro. Entre as empresas sancionadas, dezesseis têm sede na Venezuela e quatro no Panamá, disse o Tesouro americano em comunicado.

O vice-presidente americano Mike Pence anunciou as sanções durante discurso na Organização dos Estados Americanos (OEA). Ele também pediu à Venezuela para suspender as eleições presidenciais previstas para 20 de maio, às quais qualificou como uma “fraude”, e solicitou aos países-membros da OEA que retirem o país do grupo por considerar que o governo de Nicolás Maduro é uma ditadura.

Os três venezuelanos sancionados são Pedro Luis Martin Olivares, acusado de tráfico internacional de drogas, e Walter Alexander Del Nogal Marquez e Mario Antonio Rodriguez Espinoza, que supostamente oferecem apoio financeiro, logístico e tecnológico às suas atividades de narcotráfico, segundo o governo americano. Os criminosos têm ligações com o regime do presidente Nicolás Maduro.

“Esta ação é uma resposta às extensas atividades de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro de Martin. A corrupção sistêmica e o colapso no domínio da lei são características definidoras do governo da Venezuela”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

Como resultado da ação de hoje, o Tesouro determina que quaisquer ativos que os venezuelanos tenham nos Estados Unidos ou que estejam sob o controle de americanos devem ser bloqueados ou denunciados às autoridades.

Martin é ex-chefe de Inteligência Financeira da Direção dos Serviços de Inteligência e de Prevenção, hoje conhecida como Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).

Segundo o governo americano, ele usava sua posição para facilitar o movimento de narcóticos no espaço aéreo venezuelano e aceitava suborno de traficantes venezuelanos e colombianos. Martin bloqueava os radares militares e subornava outros funcionários do governo para apoiar as atividades ilícitas.

As empresas atingidas pelas sanções também são suspeitas de lavagem de dinheiro vindo do tráfico de drogas e de extorsão. Estão envolvidas em atividades como segurança privada, transporte, instalação de produtos eletrônicos, imóveis, construção, consultoria e serviços financeiros.

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