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EUA: embaixada da Venezuela tem luz cortada para forçar saída de ativistas

Militantes pró-Maduro, que ocupam o prédio, acusam representantes de Guaidó de cortarem a eletricidade

Por EFE 10 Maio 2019, 03h06

Ativistas pró-Nicolás Maduro que há semanas ocupam a embaixada da Venezuela nos Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira 9, em uma entrevista coletiva, que a luz do local foi cortada e culparam Carlos Vecchio, representante do líder opositor Juan Guaidó no país, pela ação.

“As pessoas no interior da embaixada estão determinadas a continuar lá dentro, embora estejam sofrendo muito”, disse a líder do grupo de ativistas Code Pink, Medea Benjamin, durante um pronunciamento improvisado em uma cafeteria perto da embaixada.

Os ativistas convocaram os jornalistas a irem até a cafeteria depois que um grupo de apoio a Guaidó boicotou o evento organizado em frente à embaixada com vaias, gritos e buzinas.

Benjamin confirmou à Agência Efe que a luz da sede diplomática venezuelana foi cortada e considerou a medida “sem precedentes” porque a legislação de Washington proíbe a interrupção do serviço mesmo quando um cidadão deixa de pagar suas contas.

O número de pessoas que ocupam a embaixada caiu para 15, de acordo com a líder do Code Pink. Segundo ela, os ativistas estão tendo cada vez mais dificuldades para levar alimentos ao local.

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Alguns deles, por exemplo, foram impedidos de voltar à embaixada depois de conversar com os jornalistas por vários venezuelanos que vivem em Washington e que se reuniram em frente ao local em uma espécie de manifestação contrária aos ativistas da ocupação.

A embaixada se tornou um símbolo da luta de poder dentro da Venezuela, onde Guaidó se autoproclamou presidente interino por considerar que houve fraude nas eleições que elegeram Nicolás Maduro para um segundo mandato.

Há três semanas, os ativistas do Code Pink dormem dentro da sede diplomática para evitar que ela seja ocupada pela equipe de Vecchio, reconhecido pelo governo americano como representante oficial do país, e pelos manifestantes da oposição.

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A disputa pelo controle já gerou incidentes e situações de tensão. O corte da energia foi anunciado por Vecchio no Twitter.

“Aos invasores da nossa embaixada que defendem confortavelmente o regime usurpador, decidimos dar a vocês um pouco da experiência de viver na Venezuela sob o socialismo fracassado de Maduro. A partir deste momento, não terão mais energia elétrica. Próximo passo: a saída”, disse o enviado de Guaidó nos Estados Unidos.

Já o diretor nacional do grupo The Answer Coalition, o ativista Brian Becker, que acompanha a movimentação na embaixada, criticou na entrevista coletiva o corte de luz.

“É assim que as coisas serão? Com o governo americano cortando a eletricidade de embaixadas? Vocês conseguem imaginar o efeito cascata se outros governos fizerem isso contra embaixadas americanas?”, questionou Becker.

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