Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine VEJA por 9,90/mês

EUA: contra laços da Microsoft com Exército de Israel, funcionários ocupam sede da empresa

Dezenas invadiram escritório em Washington após relatos de que software da companhia é usado por militares para realizar operações em Gaza

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 ago 2025, 17h19

Dezenas de funcionários invadiram a sede da Microsoft no estado de Washington, no oeste dos Estados Unidos, na terça-feira 19, para protestar contra supostos laços entre a corporação e o Exército de Israel. De acordo com os manifestantes, militares israelenses utilizam um dos softwares da empresa americana, chamado Azure, para armazenar dados de vigilância de palestinos e realizar operações em Gaza.

Os protestos, organizados pelo grupo Não ao uso do Azure para Genocídio, exigiram que a Microsoft se desfaça de Israel como cliente. Menos de uma semana após a empresa anunciar o lançamento de uma investigação independente sobre o uso da plataforma de computação em nuvem, funcionários atuais e antigos ocuparam um espaço que declararam “Zona Franca”, segurando cartazes com os dizeres: “Junte-se à Intifada dos Trabalhadores: Não ao Trabalho por Genocídio” e “Praça das Crianças Palestinas Martirizadas”.

As acusações não são de agora. No início deste ano, um funcionário interrompeu aos berros um discurso do CEO da empresa, Satya Nadella, durante a conferência anual de desenvolvedores: “Satya, que tal você mostrar como a Microsoft está matando palestinos?”

O protesto terminou após cerca de duas horas, quando a polícia ordenou que os manifestantes deixassem o escritório onde 47 mil pessoas trabalham na cidade de Redmond; do contrário, seriam presos por invasão de propriedade. Um porta-voz da Microsoft disse apenas que o grupo “foi convidado a se retirar, e eles saíram”.

O caso

No início deste mês, um grupo formado pelo jornal britânico The Guardian, a publicação israelense-palestina +972 Magazine e o jornal hebraico Local Call revelaram que a agência de vigilância militar israelense, batizada de Unidade 8200, estava utilizando o Azure para armazenar inúmeras gravações de chamadas telefônicas feitas por palestinos que vivem na Cisjordânia e em Gaza.

Continua após a publicidade

A empresa afirmou não ter conhecimento “da vigilância de civis ou da coleta de suas conversas telefônicas por meio dos serviços da Microsoft”. Segundo um porta-voz, com base em análises de documentos e entrevistas com dezenas de funcionários, “não encontramos nenhuma evidência até o momento de que o Azure e as tecnologias de inteligência artificial da Microsoft tenham sido usados para atingir ou ferir pessoas no conflito em Gaza”.

O protesto contra a Microsoft ocorre em meio a crescentes alertas de organizações como as Nações Unidas sobre “fome, desnutrição e doenças generalizadas” em Gaza. Israel enfrenta críticas da comunidade internacional e de organizações humanitárias pela aprovação de um novo plano de assentamentos na Cisjordânia que, segundo o ministro das Finanças israelense, Bezazel Smotrich, vai “enterrar” a ideia de um Estado palestino, e devido a uma nova ofensiva para tomar controle total da Cidade de Gaza, no norte do enclave.

Segundo autoridades locais, a ofensiva israelense em Gaza já deixou mais de 62 mil palestinos mortos desde outubro de 2023, além de ter deslocado a maior parte da população e gerado uma crise em que um em cada três dos 2,2 milhões de palestinos estão famintos, segundo a ONU.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA CONTEÚDO LIBERADO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.