Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

EUA construirão porto temporário na costa de Gaza para envio de ajuda

Obra deve demorar "algumas semanas" até conclusão e possibilitará aumento de assistência em "centenas de cargas adicionais" por dia, de acordo com a BBC

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h34 - Publicado em 7 mar 2024, 17h59

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve anunciar a construção de um porto na costa de Gaza para a entrada de ajuda humanitária. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 7, pela emissora britânica BBC, que citou funcionários do alto escalão do governo americano, que falaram em condição de anonimato. A instalação deve demorar “algumas semanas” para ser concluída e possibilitará o aumento de assistência em “centenas de cargas adicionais” por dia, informaram as autoridades.

O cais temporário será capaz de receber grandes navios com alimentos, remédios e abrigos. Até o término das obras, as remessas serão recebidas no Chipre, onde tropas israelenses inspecionarão os produtos antes do envio à Faixa de Gaza. As fontes ouvidas pela BBC acreditam que o porto será instalado pela 7ª Brigada de Transporte, unidade do Exército dos EUA, com sede no estado de Virgínia. Os militares teriam sido orientados a um desdobramento rápido, apesar de ainda não terem aterrissado no Oriente Médio.

A iniciativa não será acompanhada pelo apoio de soldados no campo de batalha, acrescentaram os funcionários. No momento, o insuficiente comboio humanitário chega ao sul de Gaza por terra, através da passagem de Rafah, cidade superpovoada alvejada por Israel nas últimas semanas. Por lá, a entrada é controlada por egípcios, já que faz fronteira com o país. A segunda rota de entrada, em Kerem Shalom, depende do aval israelense. No norte, foco das operações no início da guerra, a população sofre com escassez de ajuda há meses.

+ Ataque contra fila de comida mata 104 em Gaza, dizem autoridades locais

Continua após a publicidade

Ataque de Israel contra fila

Na última quinta-feira, 29, as Forças de Defesa de Israel (FDI) abriram fogo contra um grupo de palestinos em uma fila de comida, matando mais de 100 pessoas e ferindo outras 760. O incidente ocorreu quando civis se reuniam ao redor de caminhões com suprimentos na Cidade de Gaza. Logo depois da aglomeração, tanques e drones israelenses começaram a disparar contra a multidão na rua Haroun Al Rasheed, no oeste da Cidade de Gaza, na área de Sheikh Ajleen.

De acordo com depoimento de um militar israelense à emissora americana CNN, as FDI usaram munição real contra o grupo porque “a multidão se aproximava das forças de uma maneira que representava uma ameaça aos soldados, que responderam à ameaça com fogo real”.

+ Israel mata ‘intencionalmente’ civis de Gaza por fome, diz relator da ONU

Continua após a publicidade

Fome ‘generalizada’

Em meio à escalada de violência, o Programa Mundial de Alimentos (PMA), ligado à ONU, anunciou no final de fevereiro a suspensão do envio de alimentos ao norte de Gaza devido ao “caos e violência completos devido ao colapso da ordem civil”, incluindo saques violentos e ataques aos comboios de primeiros socorros.

Ainda em janeiro, as Nações Unidas alertaram para a fome “generalizada”. Com a desnutrição, o sistema imunológico é enfraquecido e aumenta a suscetibilidade a doenças. Desde meados de outubro, primeiro mês do conflito, foram registrados 179 mil casos de infecção respiratória aguda; 136,4 mil de diarreia em menores de cinco anos, 55,4 mil de sarna e piolhos e 4,6 mil de icterícia.

Em fevereiro, o relator especial das Nações Unidas sobre direito à alimentação, Michael Fakhri, aumentou o tom e disse que Israel “intencionalmente” mata a população da Faixa de Gaza por fome, de forma a constituir um crime de guerra e genocídio. Na ocasião, ele destacou que “não há razão para bloquear intencionalmente a passagem de ajuda humanitária ou destruir intencionalmente navios de pesca de pequena escala, estufas e pomares em Gaza – a não ser negar às pessoas o acesso aos alimentos”.

Continua após a publicidade

Em Gaza, 95% das famílias reduziram a quantidade e a frequência das refeições – parte das crianças pequenas, inclusive, está parando de receber alimentos. Desesperados, alguns pais oferecem ração animal aos filhos em uma tentativa mantê-los vivos. Em janeiro, quase 16% das crianças com menos de dois anos de idade estavam desnutridas ou definhando no norte de Gaza, enquanto 5% das crianças com menos de dois anos sofriam de subnutrição aguda em Rafah.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.