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EUA anunciam morte de chefe do Estado Islâmico na Síria

Ação militar deixou ao menos 13 pessoas mortas, incluindo seis crianças e quatro mulheres, segundo defesa civil

Por Da Redação Atualizado em 3 fev 2022, 10h28 - Publicado em 3 fev 2022, 09h33

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 3, a morte do comandante do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, durante operação na noite de quarta na região síria de Atmeh, perto da fronteira com a Turquia. Em comunicado, o presidente Joe Biden prometeu dar detalhes sobre a ação ainda nas próximas horas. 

“Na última noite, sob minhas ordens, as forças militares dos EUA no nordeste da Síria realizaram, com sucesso, uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados, e fazer do mundo um lugar melhor”, escreveu Biden, em comunicado emitido pela Casa Branca. “Graças às habilidades e bravura de nossas forças, retiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, líder do Estado Islâmico”. 

Mais cedo nesta quinta-feira, o Pentágono havia relatado uma missão feita “com sucesso” na região. Fontes da defesa civil ouvidas pela CNN, no entanto, relataram que ao menos 13 pessoas morreram, incluindo seis crianças e quatro mulheres.

Os relatos acontecem em meio às críticas às políticas americanas após um ataque em agosto matar 10 membros de uma família no Afeganistão, incluindo sete crianças.

Segundo o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby,  a ação na noite de quarta-feira foi conduzida pelo Comando Central dos EUA, que controla operações militares no Oriente Médio, e “mais informações serão fornecidas assim que disponíveis”.

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O documento não informava o alvo da missão das forças especiais ou citava as mortes relatadas por grupos sírios. Segundo a CNN, citando testemunhas e equipes de busca e resgate, tiros e explosivos precederam a chegada de militares americanos pouco depois da meia noite no enclave rebelde de Idlib.

A região do incidente desta quarta-feira é conhecida pela intensa presença de grupos ligados à al-Qaeda e por ter o último grande bastião dos rebeldes que lutam contra Bashar al-Assad na guerra civil síria, que já dura mais de dez anos. Segundo relatórios da inteligência americana, no noroeste do país também estariam escondidos líderes do Estado Islâmico.

Segundo uma das testemunhas, que não teve seu nome citado por questões de segurança, tiros de metralhadora foram disparados de ao menos três helicópteros, seguidos de uma explosão poucos minutos depois.

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“Ouvi de longe uma pessoa falando em árabe em sotaque iraquiano pedindo para famílias deixarem a área e que ficariam seguras”, disse uma testemunha. “Vi de longe que havia metralhadoras atirando do chão em direção aos helicópteros”.

Um vídeo obtido e citado pela agência de notícias Reuters mostra duas crianças possivelmente mortas e um homem deitado nos escombros de um prédio. Segundo uma testemunha, havia vários corpos e “sangue em toda parte”.

Segundo outro morador, dois dos três helicópteros pousaram uma hora após o começo do confronto. “Por volta das 3h20, os helicópteros foram embora e vi uma luz que parecia um incêndio”.

A última operação realizada pelos EUA na província de Idlib, em 2019, também foi a maior até o momento. Na época, o alvo era Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico, morto na operação.

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