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EUA acusam Rússia de derrubar drone americano em colisão no Mar Negro

Incidente negado por Moscou marcaria primeiro contato direto entre aeronaves militares dos dois países desde início da guerra na Ucrânia

Por Da Redação
Atualizado em 14 mar 2023, 19h12 - Publicado em 14 mar 2023, 19h11

O Pentágono culpou nesta terça-feira, 14, um caça russo pela queda de um drone espião dos Estados Unidos localizado no Mar Negro, um espaço aéreo internacional. Após a acusação, Moscou imediatamente negou a colisão entre os as duas aeronaves, que marcaria o primeiro contato direto entre aeronaves militares dos dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

Os militares americanos afirmaram que os dois jatos russos Su-27 realizaram uma interceptação imprudente no drone MQ-9 “Reaper” antes de um deles colidir com a aeronave não tripulada, que posteriormente caiu no mar.

Antes da colisão, os caças russos teriam despejado combustível no MQ-9 na tentativa de cegá-lo ou danificá-lo. Até o momento, a Rússia não recuperou o drone e o jato provavelmente foi danificado , afirmou o Pentágono.

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“Na verdade, esse ato inseguro e pouco profissional dos russos quase causou a queda de ambas as aeronaves”, comunicou o general da Força Aérea dos EUA, James Hecker, responsável por supervisionar tropas na região.

O Ministério da Defesa da Rússia negou que sua aeronave tenha entrado em contato com o veículo aéreo não tripulado, justificando sua queda por “manobras bruscas”. Segundo a pasta, o drone foi detectado perto da península da Crimeia, uma região da Ucrânia anexada por Moscou em 2014.

“Os caças russos não usaram suas armas a bordo, não entraram em contato com a aeronave não tripulada e retornaram com segurança ao seu aeródromo”, disse o Ministério da Defesa.

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Segundo o porta-voz John Kirby, o presidente Joe Biden foi informado sobre o incidente pelo conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, na manhã desta terça-feira. Já o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse mais tarde que convocou o embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, que reafirmou que a Rússia não quer confronto direto entre as duas potências.

“Preferimos não criar uma situação em que possamos enfrentar confrontos ou incidentes não intencionais entre a Federação Russa e os Estados Unidos”, disse Antonov, que esteve no Departamento de Estado por pouco mais de meia hora.

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