EUA acusam Coreia do Norte de fornecer projéteis à Rússia
Segundo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, carregamentos não serão suficientes para mudar o curso da guerra
O governo dos Estados Unidos acusou nesta quarta-feira, 2, a Coreia do Norte de fornecer um número “significativo” de projéteis à Rússia para serem usados na Ucrânia, à medida que Moscou procura cada vez mais aliados para impulsionar seus esforços de guerra.
Em fala a repórteres, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby, disse que os supostos carregamentos norte-coreanos não serão o suficiente para mudar o curso do conflito e enfatizou os esforços do Ocidente para apoiar os militares ucranianos.
+ Míssil da Coreia do Norte cai perto da costa de Seul pela primeira vez
“Nossos indícios são de que a Pyongyang está fornecendo secretamente e vamos monitorar para ver se as remessas são recebidas”, afirmou ele, sem dar detalhes sobre o transporte ou se os Estados Unidos tentariam impedir.
As acusações ocorrem em um momento de aumento de tensões entre os governos de ambos os países devido ao lançamento de mais de 20 mísseis por parte da Coreia do Norte, incluindo um que caiu perto de águas sul-coreanas. O governo de Pyongyang realizou um número recorde de testes de armas neste ano, desafiando as sanções impostas pelos americanos e aliados.
Antes disso, os Exércitos de Washington e Seul realizaram grandes exercícios aéreos conjuntos, naquilo que a Coreia do Norte definiu como uma “provocação incessante e imprudente”.
“Eles parecem estar buscando outro pretexto para provocações que já empreendeu, potencialmente para provocações que podem estar planejando nos próximos dias ou semanas”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.
+ Coreia do Norte: testes de mísseis simulam ataque com armas nucleares
Os Estados Unidos vêm alertando com frequência para que os países não forneçam qualquer tipo de ajuda à Rússia. Além da Coreia do Norte, Washington e Kiev acusam o Irã de fornecer drones que foram usados em ataques mortais na Ucrânia. Em outubro, Kirby também afirmou que há militares iranianos “diretamente engajados no terreno” da Crimeia para treinar as tropas russas.