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EUA acusam agentes russos de vazamento de dados do Yahoo!

Dois agentes do FSB e dois hackers foram responsáveis pela invasão ao servidor de e-mail em 2014

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h46 - Publicado em 15 mar 2017, 15h20

O Departamento de Justiça americano acusou dois agentes do serviço de inteligência russo FSB e dois hackers, nesta quarta-feira, de estarem por trás de um ciberataque contra o provedor de e-mails Yahoo!, que afetou 500 milhões de usuários em 2014.

De acordo com as autoridades, os espiões russos “protegeram, dirigiram e pagaram hackers criminosos” para realizar a invasão do servidor, que tinha por objetivo final chegar a jornalistas e membros dos governos dos Estados Unidos e outros países, incluindo e a própria Rússia. O ciberataque ao Yahoo! é considerado um dos mais ambiciosos realizados e, desde o ano passado, autoridades especulavam que por trás da invasão havia funcionários de uma “nação-estado”.

Os dois agentes foram identificados como Dmitry Dokuchaev, de 33 anos, e Igor Sushchin, 43, que fazem parte do órgão de inteligência que substituiu a KGB. De acordo com o Departamento de Estado, Dokuchaev e Sushchin contrataram o russo Alexsey Belan e Karim Baratov, de cidadania canadense e cazaque, para conduzir a invasão, descoberta em setembro do ano passado. Os quatro enfrentam 47 acusações, incluindo conspiração, fraude, espionagem e roubo de identidade, informou o governo americano.

Os agora acusados “tinham como objetivo chegar às as contas no Yahoo! de funcionários dos governos dos Estados Unidos e da Rússia, incluindo pessoal da cibersegurança, diplomatas e militares”, afirmou a secretária adjunta da Justiça, Mary McCord, em comunicado. Também pretendiam atingir “jornalistas russos, funcionários de outras redes que eles queriam invadir e empregados de entidades comerciais e de serviços financeiros”, revelou.

McCord disse que Baratov, que vive no Canadá, foi detido na última terça-feira, depois de um pedido apresentado ao país vizinho. Segundo o jornal Washington Post, com informações de agências russas, Dokuchaev foi preso em Moscou no ano passado por traição, supostamente após ter passado informações para a CIA. Já Belan já foi indiciado pelos Estados Unidos por outras duas invasões invasões no passado e é um dos criminosos digitais mais procurados do país, mas está sendo “protegido” para autoridades russas, informou o Post. Não há informações, por ora, sobre o quarto acusado.

(Com AFP)

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