Erdogan: referendo pode tornar Turquia ‘um país mais civilizado’
Consulta popular decidirá se o país mantém o regime parlamentarista ou altera a constituição e instaura o presidencialismo
O presidente da Turquia, Recep Erdogan, disse neste domingo que o referendo para instaurar o presidencialismo é histórico e que a mudança servirá para acelerar o desenvolvimento e definir o futuro do país.”O referendo de hoje não é um qualquer, é um dos mais importantes em nossa História”, declarou após votar em Istambul.
A consulta popular decidirá se o país mantém o regime parlamentarista ou altera a constituição e instaura o presidencialismo, fortalecendo os poderes do presidente. Erdogan, sustentou que o modelo presidencialista aceleraria o desenvolvimento do país e equiparou a mudança com atingir os objetivos de Mustafa Kemal Atatürk, o fundador da moderna república laica.
“Com esta mudança nosso povo decidirá por um salto em seu desenvolvimento. Estamos realizando o sonho de Mustafa Kemal Atatürk de tornar a Turquia um país mais civilizado “, acrescentou o líder turco.
A vitória de Erdogan, no entanto, coloca em risco a democracia turca, fragilizada nos últimos anos por medidas autoritárias, perseguição política e cerco à liberdade de expressão. Também deve agravar o desgaste nas relações internacionais, especialmente com os países europeus.
Erdogan previu que haverá uma alta participação e que quando as urnas forem abertas esta noite a Turquia caminhará “para o futuro”.
O líder do opositor Partido Republicano do Povo (CHP, social democrata), Kemal Kiliçdaroglu, confiou, por sua parte, em uma vitória do “não” em breve declaração após votar.
“Tivemos uma boa campanha. Estamos votando o destino da Turquia. Estou contente e confio em que tenhamos um bom resultado e então tratemos de solucionar os problemas do país”, disse.
A Turquia decide hoje em consulta popular se substitui seu modelo parlamentar por um presidencial com vastos poderes e cujo resultado determinará o modelo político do país e redefinirá suas relações com a União Europeia.
(com EFE)