Equador vota referendo que pode impedir retorno de Rafael Correa
País realizou votação para decidir se a reeleição presidencial deve ser ilimitada
O presidente Lenin Moreno propôs o referendo para mudar a constituição, o que pode ser interpretado como uma tentativa de impedir que seu antigo mentor Rafael Correa volte a ocupar o cargo novamente em meio a uma disputa política amarga. O ex-presidente diz que Moreno, que foi seu vice entre 2007 e 2013, é um “traidor” que tenta aniquilá-lo politicamente.
A popularidade do atual presidente, que tem na repressão à corrupção uma bandeira, é de aproximadamente 69%, de acordo com pesquisa Cedatos.
Veto deve vencer
Pesquisas indicam que o veto deve vencer, o que pode impedir que o ex-presidente de esquerda Rafael Correa volte ao poder.
Cerca de 59% dos equatorianos planejam votar a favor da limitação da reeleição, contra cerca de 27% que planejam votar contra, de acordo com a pesquisa Opinion Publica Ecuador. Outras pesquisas apontaram tendência similar.
Embora more em Bruxelas com sua esposa belga desde que deixou o cargo, Correa retornou várias vezes para obter apoio durante campanhas em todo o Equador.
O economista continua a ser popular em alguns lugares por sua política social e por um ‘boom’ alimentado por petróleo no início de sua presidência de uma década. Se Moreno conseguir uma vitória ressonante no domingo ganha força para aprovar as reformas econômicas.
Foram convocados 13.026.598 equatorianos nas 24 províncias do país. A população equatoriana, incluindo 400.000 eleitores no estrangeiro, terá de responder também a outras sete questões relacionadas a corrupção, reeleição, questões ambientais, mineração e delitos sexuais contra menores.