Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90

Em revés para democracia, Hong Kong reduz número de representantes eleitos

Nova emenda estabelece que apenas 88 assentos no parlamento serão escolhidos diretamente pelo público. Em 2019, o número era 452

Por Da Redação
Atualizado em 6 jul 2023, 09h34 - Publicado em 6 jul 2023, 09h31

A legislatura de Hong Kong votou por unanimidade nesta quinta-feira, 6, para reformar as eleições distritais, reduzindo drasticamente o número de assentos eleitos diretamente. Segundo críticos, a medida deve reduzir ainda mais a liberdade democrática na cidade governada pela China.

De acordo com a emenda, apenas 88 representantes passam a ser eleitos diretamente pelo público. É uma queda drástica em relação a 2019, quando eleições consideradas ainda amplamente democráticas elegeram 452 parlamentares.

O número total de cadeiras também será reduzido de 479 para 470. A data para a próxima eleição ainda não foi marcada.

+ Polícia de Hong Kong promete recompensa em dinheiro por ativistas exilados

Tudo indica que a nova emenda sufocará ainda mais a oposição democrática na ex-colônia britânica, onde uma lei de segurança nacional imposta pela China em 2020 transformou o cenário político. A regulamentação já levou à prisão, inclusive, de ex-parlamentares e conselheiros distritais, bem como à dissolução de vários partidos políticos.

Candidatos que quiserem concorrer nas próximas eleições precisarão passar por uma verificação de antecedentes de segurança nacional e garantir pelo menos três indicações de uma série de comitês. O processo burocrático, efetivamente, impede a maioria dos defensores da democracia de participar do pleito.

Continua após a publicidade

Após meses de protestos contra o governo de Hong Kong em 2019, a China impôs a lei de segurança nacional à cidade para criminalizar o que o Partido Comunista considera subversão, secessão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras. A regra prevê penas que podem chegar a prisão perpétua.

+ Hong Kong faz prisões em aniversário do massacre da Praça da Paz Celestial

Enquanto ativistas pró-democracia em todo o mundo acusam o governo de usar a lei para reprimir opositores, as autoridades da cidade e o governo de Pequim negam qualquer silenciamento. Segundo o Partido Comunista, a regulamentação protege a segurança e a ordem que sustentam o sucesso econômico do centro financeiro asiático.

Embora os conselhos distritais de Hong Kong se debrucem quase estritamente sobre questões comunitárias, como limpeza de ruas e manutenção de pontos de ônibus, autoridades defendem  que apenas “patriotas” podem ser eleitos. O líder honconguês, John Lee, comemorou a emenda como um marco importante na melhoria da governança.

Continua após a publicidade

“Devemos tapar as brechas institucionais e excluir completamente as forças anti-China e desestabilizadoras”, disse ele em comunicado. “Este exercício legislativo implementa o princípio de ‘patriotas administrando Hong Kong’.”

+ Xi diz que ‘Hong Kong renasceu das cinzas’ em seu aniversário de devolução

Anteriormente, a China havia prometido o sufrágio universal como objetivo final para Hong Kong em sua mini-constituição, a Lei Básica.

Um porta-voz da União Europeia disse em comunicado que fez um apelo às autoridades chinesas e da cidade para “restaurarem a confiança nos processos democráticos de Hong Kong estabelecerem o sufrágio universal consagrado na Lei Básica”.

Na última eleição de conselhos distritais, em 2019, políticos pró-democracia conquistaram 388 dos 452 assentos, ou quase 90%, humilhando as alas pró-Pequim.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

[small]Digital Completo[/small]

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa
+ Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.