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Em primeiro decreto, premiê da Itália estende restrições de viagens

Medida se dá em meio a temores da propagação de novas variantes do coronavírus e aglomerações nas grandes cidades, estimuladas pela primavera

Por Da Redação 22 fev 2021, 17h52

O primeiro-ministro da Itália, o economista Mario Draghi, confirmou nesta segunda-feira, 22, o seu primeiro decreto desde que chegou ao cargo, no dia 12 deste mês. Aprovada pelo Conselho de Ministros, a medida mantém o veto a viagens entre regiões na Itália até o dia 27 de março e limita ainda mais os movimentos nas chamadas “zonas vermelhas”.

A medida se dá em meio a temores da propagação de novas variantes do coronavírus e aglomerações de pessoas nas grandes cidades, estimuladas principalmente pelas temperaturas agradáveis da primavera. Nas últimas 24 horas, o país registrou 9.630 casos, incluindo 274 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde. Embora alto, o número é uma queda em relação aos números apresentados no domingo, quando foram registrados 13.452 casos.

Em sua primeira decisão, Draghi optou por manter uma política dura a respeito das restrições, seguindo a tendência do governo anterior, e irá manter em todo o território italiano a proibição de se mover para outra região. Nas zonas vermelhas, áreas com maior número de restrições ficará proibido sair de casa até para visitar familiares. No momento, não há nenhuma região classificada no nível vermelho.

Já nas zonas laranjas e amarelas, com menos limitações, está permitido visitar familiares apenas uma vez ao dia com limite de duas pessoas – com exceção de menores de 14 anos – das 5 horas da manhã até as 22h, horário que começa o toque de recolher em todo o país.

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No domingo, as regiões de Emília-Romanha, Campânia e Molise entraram na lista de risco médio, ou “laranja”. Elas se juntam aos Abruzos, Úmbria, Ligúria, Toscana e Província Autônoma de Bolzano. O resto do país permanece classificado como “amarelo”, ou seja, de risco baixo.

O Conselho de Ministros se baseou exclusivamente nos assuntos de mobilidade desde que o decreto anterior expirou, porém não foram abordados temas como a petição das regiões para mudar o sistema atual de parâmetros, que usa as cores para identificar as regiões.

A nova ministra de Assuntos Regionais, Maria Stella Gelmini, adiantou que os líderes dos governos locais pedem para Draghi “superar o sistema atual”, utilizando outro sistema para designar os riscos em cada região.

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Em resposta, o coordenador do comitê técnico-científico criado para assessorar o governo durante a pandemia, Agostino Miozzo, assegurou que o sistema de zonas “funciona bem e é compatível com o sofrimento do país”.

Os líderes regionais também exigem uma nova estratégia de aquisição de vacinas e que fechamentos de estabelecimentos andem de mãos dadas com indenizações no futuro, algo que Draghi precisará enfrentar com urgência.

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Além disso, o ministro da Cultura, Dario Francheschini, também propôs que a Itália seja o primeiro país da Europa a reabrir seus cinemas e teatros. Desde 1o de fevereiro, a Itália permitiu a reabertura de monumentos, como o Coliseu de Roma. Museus também estão autorizados a abrir as portas, mas apenas durante os dias de semana, para evitar aglomerações.

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