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Em meio à guerra comercial, Trump define ligação com premiê do Canadá como ‘produtiva’

Trata-se do primeiro telefonema entre os líderes, realizado a convite da Casa Branca, desde que Carney assumiu o cargo, em 14 de março

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2025, 16h34 - Publicado em 28 mar 2025, 16h32

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que teve uma conversa “extremamente produtiva” nesta sexta-feira, 28, com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, em meio à guerra comercial entre os dois países, lançada pelo republicano. Trata-se do primeiro telefonema entre os líderes, realizado a convite da Casa Branca, desde que Carney assumiu o cargo, em 14 de março.

Em uma publicação na Truth Social, rede social da qual é dono, Trump informou que se encontrará com Carney “imediatamente” após as eleições federais, previstas para 28 de abril, para tratar sobre “política, negócios e todos os outros fatores”. Ele também pontuou que os dois concordam “em muitas coisas”. Trata-se de uma mudança de postura do líder americana em relação ao governo canadense. De maneira desrespeitosa, o republicano chamava o antecessor de Carney, Justin Trudeau, de “governador”, em meio às ameaças de uma anexação do país vizinho como um estado americano.

O premiê, por sua vez, afirmou em comunicado que os dois “concordaram em iniciar negociações abrangentes sobre uma nova relação econômica e de segurança”. Em contrapartida, Carney anunciou ao presidente dos EUA que “implementará tarifas de retaliação para proteger os trabalhadores canadenses” e a economia do Canadá.

No início do mês, Trump elevou as tarifas sobre metais canadenses, um dos pilares econômicos do país, para 25%. O mesmo percentual será aplicado a automóveis importados, como anunciou nesta quinta-feira. A mudanças serão aplicadas, respectivamente, em 2 e 3 de abril.

Em declarações anteriores, o primeiro-ministro disse que estava “disponível para uma ligação” com Trump, desde que respeitasse os “termos” canadenses, explicando: “Como um país soberano – não como o que ele finge que somos – e em um acordo abrangente”. Além da guerra comercial, o republicano também ameaçou anexar o Canadá aos EUA. Em entrevista coletiva em janeiro, ele defendeu que a tomada do Canadá terminaria com a “linha artificialmente desenhada” da fronteira, o que “seria muito melhor para a Segurança Nacional”.

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+ Premiê do Canadá diz que tempo de bons laços com EUA ‘acabou’ ao criticar tarifaço de Trump

Boa vizinhança ‘acabou’

Antes da ligação, Carney declarou também nesta sexta-feira que a era de laços profundos com os Estados Unidos “acabou”, ao criticar tarifaço americano. Em meio a campanha eleitoral, o líder canadense afirmou que Trump alterou permanentemente as relações entre as nações vizinhas e que, independentemente de quaisquer acordos comerciais futuros, não haveria “retorno”.

“O antigo relacionamento que tínhamos com os Estados Unidos com base no aprofundamento da integração de nossas economias e na cooperação militar e de segurança rigorosa acabou”, disse ele a repórteres.

Carney chamou a taxação dos automóveis importados de “injustificada” e disse que tais medidas violam os pactos existentes entre os países. O Canadá, junto ao México, faz parte dos acordos de livre comércio USMCA, de 2020, e seu antecessor, o NAFTA, o que fez dos dois países os principais parceiros de negócios dos Estados Unidos – representando quase 30% do fluxo comercial americano.

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