Em acordo, Israel liberta 200 prisioneiros incluindo palestino detido há 39 anos
Segundo Sociedade Palestina de Prisioneiros, 121 pessoas cumpriam prisão perpétua; 70 não retornarão para Palestina e 16 voltaram para Gaza
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25 jan 2025, 11h45
Como parte das negociações de cessar-fogo da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, 200 prisioneiros palestinos foram libertados após a soltura de quatro reféns israelenses neste sábado, 25. Segundo a agência de notícias palestina Wafa, a Comissão Palestina para Assuntos de Prisioneiros e Ex-Prisioneiros e a Sociedade Palestina de Prisioneiros informaram que o segundo grupo de prisioneiros soltos era formado por 121 pessoas que cumpriam prisão perpétua e outras 79 que cumpriam sentenças de longos prazo.
Entre os prisioneiros que ganharam liberdade, está um homem identificado como Mohammad Al-Tous, de 67 anos, considerado o palestino mais velho em prisões israelenses e que passou 39 anos detido
Também foram citados Raed Al-Saadi, de 57 anos, que estava preso desde 1989, e os irmãos Nasser, Mohammad e Sharif Abu Hmeid, que foram condenados à prisão perpétua. Nasser morreu em 2022 e seu corpo permanece com autoridades israelenses.
O grupo libertado estava na prisão de Ofer e 114 ex-prisioneiros seguiram em um ônibus do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para a cidade de Ramallah, onde foram recebidos por centenas de pessoas em uma celebração de boas-vindas no Ramallah Entertainment Complex.
Outros 16 foram enviados para Gaza e 70 não retornaram para a Palestina. Segundo agências internacionais, eles foram liberados no Egito, um dos países que ajudaram na mediação que levou ao acordo de cessar-fogo.
Ainda de acordo com a Wafa, o entorno da prisão de Ofer foi declarado uma zona militar fechada por Israel e familiares dos prisioneiros e apoiadores que estavam no local foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo e munição real.
Cessar-fogo
Um acordo de cessar-fogo entrou em vigor no último dia 19 após 15 meses de conflito entre Israel e o Hamas que resultou em 1 200 mortos e 250 sequestrados do lado israelense. Foram mais 46 000 óbitos e 110 000 pessoas feridas do lado palestino, segundo autoridades locais.
O processo ocorrerá em etapas e são previstas 30 a 50 libertações de presos palestinos a cada soltura de refém israelense.
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