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Elon Musk faz gesto semelhante a saudação nazista e polêmica explode nas redes

Diante de multidão de 20 mil pessoas, aliado de Trump bateu no peito e elevou o braço direito com a palma para baixo duas vezes seguidas

Por Redação Atualizado em 21 jan 2025, 09h18 - Publicado em 21 jan 2025, 09h13

Mal Donald Trump prestou juramento, Elon Musk já estava metido em controvérsia das feias. Dono do X, o “primeiro amigo”, que vive há meses colado ao republicano e integrará o governo na condição de cortador-mor de todas as gorduras de despesas públicas e, de quebra, prega a bíblia trumpista nos mais espinhosos assuntos internacionais, subiu ao palco da Capital One Arena, em Washington, D.C., para fazer um discurso breve diante de 20 mil apoiadores antes do presidente dos Estados Unidos chegar. Em meio a agradecimentos e ao rugido da multidão, fez duas saudações (consecutivas) no estilo nazista.

“Só quero agradecer por fazerem isso acontecer”, disse o homem mais rico do planeta, em seguida dando um tapa com a mão direita no peito, dedos abertos, antes de esticar o braço direito em uma diagonal para cima, dedos juntos e palma voltada para baixo.

Em seguida, se virou para o outro lado do palco, bateu no peito novamente e voltou a esticar o braço. A Liga Antidifamação (ADL), que faz campanha contra antissemitismo, define a saudação nazista como “levantar o braço direito estendido com a palma para baixo”.

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“Meu coração está com vocês”, disse Musk à multidão. “É graças a vocês que o futuro da civilização está garantido. Graças a vocês. Teremos cidades seguras, fronteiras seguras, gastos sensatos. Coisas básicas. E levaremos o Doge para Marte”, completou, referindo-se ao chamado “departamento de eficiência governamental” e ao comentário de Trump no discurso de posse em que disse que os Estados Unidos enviariam astronautas para o planeta vermelho.

Nas redes sociais, usuários expressaram choque com o gesto de Musk. Ruth Ben-Ghiat, professora de história na Universidade de Nova York, disse no X: “Historiadora do fascismo aqui. Foi uma saudação nazista e muito beligerante também.” O Haaretz, um jornal israelense, descreveu Musk fazendo “uma saudação romana, uma saudação fascista mais comumente associada à Alemanha nazista”.

O bilionário não comentou, mas retuitou memes buscando transformar imagens em piadas. Um usuário escreveu: “Podemos, por favor, aposentar a coisa de chamar as pessoas de nazista?”, ao que Musk respondeu: “Sim, exatamente” e adicionou um emoji de bocejo.

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Alguns usuários proeminentes de extrema direita celebraram os gestos no palco em Washington, seja qual for a intenção. Christopher Pohlhaus, o líder do Blood Tribe, um grupo neonazista, escreveu no Telegram: “Não me importo se isso foi um erro. Vou aproveitar as lágrimas por isso.” Andrew Torba, o fundador do Gab, uma rede social de extrema direita, também escreveu: “Coisas incríveis já estão acontecendo.”

A ADL, enquanto isso, disse na segunda-feira que em se tratando de “um momento delicado”, com muitos “nervosos” diante da posse de Trump, é preciso ter cuidado com a inflamação e ansiedade ampliadas pelas redes sociais.

“Parece que Elon Musk fez um gesto estranho em um momento de entusiasmo, não uma saudação nazista, mas, novamente, entendemos que as pessoas estejam nervosas. Neste momento, todos os lados devem dar um pouco de graça uns aos outros, talvez até o benefício da dúvida, e respirar fundo. Este é um novo começo. Vamos torcer pela cura e trabalhar pela unidade nos próximos meses e anos”, afirmou o texto.

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