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Eleições, PIB e guerras: as principais previsões para o mundo em 2023

A empresa de análise Good Judgement, que acertou cinco de oito dos seus palpites para 2022, explica o que esperar após as reviravoltas do ano que passou

Por Vitória Barreto
22 dez 2022, 08h00

O ano de 2022 passou por guerras, eventos climáticos extremos e, consequentemente, uma crise mundial generalizada. Pensando nessa retrospectiva cheia de reviravoltas, a revista britânica The Economist se voltou para a Good Judgment, empresa de análise chamada de “superprevisora”, para pensar no que pode acontecer em 2023. Embora não tenha conseguido prever a invasão à Ucrânia, por exemplo, a Good Judgement acertou cinco de suas oito previsões para este ano. 

A empresa antecipou os resultados das eleições presidenciais do Brasil e da França. Além disso, previram que não haveria um boicote, especulado por muitos, aos Jogos Olímpicos de Inverno na China, quando ainda estava envolta em sua rígida política contra a Covid-19. Também conseguiram acertar o resultado das midterms, eleições legislativas e estaduais que ocorreram em novembro nos Estados Unidos. Até cravaram o número de vacinações globais contra a Covid-19: 12 bilhões de doses em meados de 2022. 

A variante Ômicron foi a principal culpada pelos três erros, pois não foi prevista até o final de 2022. Consequentemente, o crescimento da economia mundial foi mais fraco do que o esperado, o que impediu a retomada total das viagens aéreas nos Estados Unidos.

Neste dezembro, a Good Judgement revelou à Economist suas novas previsões para 2023.  

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A atividade econômica global passa por uma desaceleração acentuada e a inflação está acima do observado em várias décadas. Consequentemente, é provável que a crise do custo de vida, o aperto das condições financeiras na maioria das regiões, a invasão russa da Ucrânia e a persistente pandemia de Covid-19 pesem nas perspectivas.

Segundo 62% dos pesquisadores da Good Judgement, o PIB global de 2023 em relação a 2022, conforme medido pelo FMI, irá crescer entre 1,5% e 3%. Além disso, 58% deles acreditam que o PIB da China crescerá apenas entre 3,5% e 5%, mesmo com o fim das restrições contra o coronavírus. 

Tensões entre China e Taiwan tem sido evidentes, especialmente desde uma visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha. No entanto, apenas 17% dos pesquisadores acreditam que haverá um conflito aberto entre Pequim e Taipei antes de 1º de janeiro de 2024. 

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A guerra na Ucrânia, provocada pela invasão da Rússia, foi um palco de atrocidades em 2022. Para a maioria dos pesquisadores da Good Judgement, o conflito está longe de cessar em 2023: 55% acreditam que só haverá um acordo entre os países depois do 1º de outubro de 2024.

Mesmo com a expectativa de uma guerra longa, apenas 5% dos pesquisadores acreditam que a Rússia vai detonar um dispositivo nuclear em território ucraniano. Além disso, 9% acreditam que o Vladmir Putin deixará o cargo como presidente da Federação Russa antes de outubro de 2021. 

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Duas eleições também já tem previsão para 2023. Olhando para a Turquia, 71% dos pesquisadores acreditam que o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) vai vencer o pleito de 2023. Já o resultado das eleições presidenciais na Nigéria parece mais ambíguo, já que 53% dos profissionais acreditam que a legenda Congresso de Todos os Progressistas vai ganhar, 16% acham que seja o Partido Democrático do Povo e 30% apostam em outro partido. 

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