Biden: é ‘improvável’ que míssil que atingiu Polônia tenha vindo da Rússia
Autoridades polonesas disseram que um 'míssil de fabricação russa' atingiu o país, matando duas pessoas. EUA e aliados concordaram em apoiar investigação
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na madrugada desta quarta-feira, 16, que é improvável que o míssil que atingiu a Polônia e matou duas pessoas tenha sido disparado da Rússia. Mesmo assim, ele reiterou que os Estados Unidos e aliados concordaram unanimemente em apoiar a investigação do país.
“Vou me certificar de que descobriremos exatamente o que aconteceu”, disse Biden.
No início da manhã desta quarta-feira, autoridades polonesas disseram que um míssil de fabricação russa caiu em seu solo, matando duas pessoas. Seria a primeira vez desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, em fevereiro deste ano, que um projétil russo atingiu o território da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Há informações preliminares que contestam isso”, disse Biden quando perguntado se o míssil foi disparado da Rússia. “Eu não quero dizer até que investiguemos completamente. É improvável nas linhas da trajetória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos.”
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Biden não abordou se o míssil poderia ter sido disparado pela Rússia do território ucraniano, ou de outro lugar. O presidente americano está em Bali, na Indonésia, onde participa da cúpula do Grupo dos 20 (G20), encontro das maiores economias do mundo.
Biden disse repetidamente que qualquer ataque em território da Otan será considerado um ataque a todos os membros da aliança, baseado no Artigo 5º de proteção mútua. O americano conversou com o presidente polonês, Andrzej Duda, após a explosão, oferecendo seu total apoio, segundo a Casa Branca, e falou com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em uma ligação separada.
Antes de falar com repórteres, Biden convocou uma reunião de “líderes afins” sobre a situação. Os participantes incluíram membros e aliados do G7, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
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“Vamos determinar coletivamente nosso próximo passo enquanto investigamos e seguimos em frente”, disse Biden. “Houve total unanimidade entre as pessoas à mesa.”
Biden disse que o grupo também discutiu os recentes ataques de mísseis da Rússia na Ucrânia, dizendo que a agressão do país foi “inconcebível”.
“No momento em que o mundo se reuniu no G20 para pedir a desescalada da guerra, a Rússia continua a escalar na Ucrânia”, disse Biden. “Enquanto estávamos nos reunindo, houve dezenas e dezenas de ataques com mísseis no oeste da Ucrânia. Apoiamos totalmente a Ucrânia neste momento, como temos feito desde o início do conflito.”