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Diretor demitido pediu mais verba para investigação do FBI

O ex-diretor comentou com membros do Comitê de Inteligência do Senado que as investigações sobre a Rússia estavam lentas

Por Da redação
11 Maio 2017, 09h57

Dias antes de ser demitido, o diretor do FBI, James Comey, pediu mais recursos ao Departamento de Defesa para investigar o envolvimento da Rússia nas eleições americanas de 2016, revelaram fontes do governo ao jornal The New York Times. Desde o afastamento, na terça-feira, democratas e republicanos expressaram preocupação com o futuro das investigações e fizeram críticas à decisão do presidente Donald Trump, motivada por conselho do procurador-geral Jeff Sessions.

De acordo com oficiais da Casa Branca próximos ao caso, Comey se reuniu na semana passada com Rod Rosenstein, o vice-procurador-geral, para requerer mais dinheiro, com a intenção de ter mais pessoal à disposição. Segundo a emissora CNN, o então diretor do FBI informou a membros do Comitê de Inteligência do Senado sobre o encontro. A porta-voz do Departamento de Justiça, Sarah Flores, disse a repórteres que relatos sobre o pedido “são 100% falsos” e que conversou diretamente com Rosenstein sobre o assunto.

Duas diferentes investigações do Congresso americano estão em curso para analisar a interferência da Rússia no pleito do ano passado e possíveis contatos da campanha republicana com o governo estrangeiro, para favorecer Trump. Ambas, porém, dependem amplamente de evidências coletadas pelo FBI, que tem acesso a informações sigilosas. Segundo o Times, o chefe republicano do Comitê de Inteligência do Senado, Richard Burr, e o democrata Mark Warner encontraram Comey na última segunda-feira e pediram que acelerasse a investigação. Na conversa, ele relatou que o processo estava lento – uma razão para pedir mais recursos.

Na quarta-feira, Trump defendeu a decisão de demitir Comey por “simplesmente não estar fazendo um bom trabalho”, mas não mencionou possíveis consequências para a investigação sobre a Rússia. O conflito de interesses envolvido no afastamento levou representantes democratas a pedirem a indicação de um procurador especial para o caso ao Departamento de Justiça. Apesar da preocupação de membros do partido, o líder republicano no Senado, Mitch McConnel, é contrário a proposta e comentou que uma nova investigação “impediria o atual trabalho de ser feito”.

 

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