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Desfecho de situação na Venezuela é ‘imprevisível’, diz general Heleno

Ministro do GSI pondera a VEJA que não está claro se os militares venezuelanos tomaram partido por Juan Guaidó ou continuam leais a Nicolás Maduro

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 abr 2019, 14h30 - Publicado em 30 abr 2019, 13h07

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, avalia que é “imprevisível” o desfecho da movimentação iniciada nesta terça-feira, 30, pela oposição venezuelana, liderada pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó, para derrubar o ditador Nicolás Maduro.

Um dos principais conselheiros do presidente Jair Bolsonaro, Heleno disse a VEJA entender que o povo venezuelano “não está convencido de que vale a pena se enfrentar por qualquer um dos lados”. Para o ministro, as imagens dos tumultos em Caracas até o fim da manhã de hoje, veiculadas por emissoras de televisão, podiam ser comparadas a “briga de torcida”. A declaração foi dada antes de blindados das forças chavistas atropelarem manifestantes.

“As imagens mostram que não está parecendo nada de violência com mortes e feridos, acho que o próprio povo não está convencido de que vale a pena se enfrentar por qualquer um dos dois lados. A tendência era que isso já tivesse se agravado em termos de violência e a violência está controlada, parece briga de torcida. É uma prova de que não há grandes lideranças para conduzir uma ação mais violenta e também parece que não há, da parte da população, um entusiasmo suficiente”, declarou Augusto Heleno, cuja pasta abrange a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O ministro ainda pondera que a cúpula militar venezuelana, cujo apoio foi anunciado tanto por Guaidó quanto por Maduro, ainda não se pronunciou claramente em direção a um dos lados. “Foi anunciada a adesão do chefe do Estado-Maior Conjunto ao Guaidó, mas isso, ao menos publicamente, não se concretizou”, pontuou Heleno.

“Ambos anunciam o apoio das Forças Armadas, que vão ser o ponto de definição disso, mas nós não sabemos nem quantidade nem qualidade de quem aderiu aos dois lados. Enquanto as Forças Armadas não definirem o lado que estão apoiando, eles não vão ter definição muito fácil do problema. Isso é problema interno da Venezuela, ainda vai demandar muita conversação, ajuste, se é que vai acontecer”, declarou Heleno a VEJA.

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O chefe do GSI observa também que o número de pessoas que foram às ruas conclamadas por Guaidó parece não ter evoluído em relação aos atos anteriores. “As imagens são muito parecidas. A evolução foi pequena. Os grupos são muito desorganizados, a gente não percebe lideranças definidas de um lado e de outro”.

Augusto Heleno estará na reunião de emergência convocada pelo presidente Jair Bolsonaro para o início desta tarde, na qual será discutida a situação na Venezuela. Também participarão do encontro o vice-presidente, Hamilton Mourão, e os ministros da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Heleno ressaltou, no entanto, que a posição do Brasil de não interferir no país vizinho será mantida.

“É uma postura constitucional, regulamentar, é a postura mais cuidadosa e ajuizada que a gente pode ter. A reunião é para termos hipóteses futuras, discutir o que pode acontecer se for o Guaidó ou se for o Maduro. É uma reunião comum nessas situações de crise, definição de hipóteses e o que acontecerá”, antecipou. “Não parece que nenhum país esteja disposto a intervir, a ideia é esperar que as coisas se resolvam internamente”, acrescentou.

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