Delegação da Coreia do Norte viaja a Cuba para estreitar relações
Entre os últimos comunistas, Pyongyang e Havana sofrem pressões para abrandar seus regimes econômicos e abrirem-se ao capitalismo
Uma delegação da Coreia do Norte liderada pelo vice-presidente do Partido dos Trabalhadores e ex-chanceler do regime, Ri Su-Yong, viajou hoje a Cuba, segundo anunciaram os veículos de imprensa oficiais de Pyongyang. A viagem teria o objetivo de estreitar laços entre o regime de Kim Jong-un e o governo do novo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel
A agência estatal norte-coreana KCNA informou sobre a viagem da comitiva em uma breve nota, mas não deu mais detalhes. Considerados, a rigor, como raros países ainda comprometidos com o regime comunista, assim como a China, Coreia do Norte e Cuba se vêem pressionados a absorver elementos do capitalismo para assegurar sua sobrevivência política.
Pouco depois da posse de Díaz-Canel como presidente de Cuba, em abril, Kim enviou-lhe uma mensagem de felicitação. Sua designação pela Assembleia Nacional do Poder Popular o transformou no primeiro líder cubano pós-era Castro. Díaz-Canel respondeu expressando seu desejo de aprofundar as relações bilaterais entre as duas nações, segundo informaram os veículos de imprensa de Pyongyang.
Ri Su-yong, líder da delegação norte-coreana, é considerado muito próximo a Kim Jong-un. Foi embaixador na Suíça quando o líder norte-coreano estudou naquele país.
A última visita oficial a Cuba de uma delegação norte-coreana aconteceu em novembro, quando o ministro das Relações Exteriores, Ri Yong-ho, esteve em Havana. Naquela ocasião, Pyongyang se mantinha isolada e vulnerável à pressão internacional, por causa dos seus insistentes testes de mísseis e armas nucleares.
A Coreia do Norte e Cuba mantiveram boas e próximas relações desde que estabeleceram laços diplomáticos pela primeira vez, em 1960.