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Dados da COP29 mostram que cidades da Ásia e EUA são as que mais poluem

Xangai, maior cidade da China e núcleo financeiro global, lidera lista, emitindo mais gases do que alguns países inteiros, como Colômbia e Noruega

Por Da Redação
Atualizado em 15 nov 2024, 10h55 - Publicado em 15 nov 2024, 10h48

Dados divulgados nesta sexta-feira, 15, na Cúpula das Nações Unidas para o Clima (COP29), que acontece em em Baku, no Azerbaijão, mostram que cidades da Ásia e dos Estados Unidos são as que mais emitem os gases que provocam o aquecimento e alimentam as mudanças climáticas.

A partir de observações de satélite e terrestres, complementadas por inteligência artificial para preencher lacunas, a organização Climate Trace buscou quantificar o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso que retêm calor, bem como outros poluentes atmosféricos tradicionais em todo o mundo, incluindo pela primeira vez em mais de 9.000 áreas urbanas.

Xangai, maior cidade da China e um núcleo financeiro global, lidera a lista dos mais poluentes, emitindo mais gases do que alguns países inteiros, como Colômbia e Noruega. Ao todo, sete estados ou províncias liberam mais de 1 bilhão de toneladas métricas de gases causadores do efeito estufa, todos na China, exceto o Texas, nos Estados Unidos, que ocupa o sexto lugar.

As 250 milhões de toneladas métricas de Tóquio, por sua vez, estariam no top 40 das nações se fosse um país, enquanto as 160 milhões de toneladas métricas de Nova York e as 150 milhões de toneladas métricas de Houston estariam no top 50 das emissões nacionais. Seul, Coreia do Sul, está em quinto lugar entre as cidades com 142 milhões de toneladas métricas.

Em questões de emissões, a China lidera com 28,14% do total global, seguida por EUA (10,91%), Índia (6,47%), Rússia (5,76%) e Brasil (2,75%).

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Entre os países, China, Índia, Irã, Indonésia e Rússia tiveram os maiores aumentos nas emissões de 2022 a 2023, enquanto Venezuela, Japão, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos tiveram as maiores reduções na poluição.

Nos bastidores da COP29, as negociações seguem sem um consenso estabelecido. Os textos preliminares divulgados pelo órgão climático das Nações Unidas refletem vários pontos de vista divergentes, indicando que as negociações serão difíceis.

A COP29 foi marcada por conflitos diplomáticos desde seu início.  No discurso de abertura da cúpula, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, criticou EUA e UE por suposta hipocrisia por cobrarem uma ação climática de outros países enquanto são eles mesmos grandes consumidores e produtores de combustíveis fósseis.

Os países ricos resistem em aumentar o financiamento, a menos que grandes economias, como a China, também concordem em contribuir. Além disso, a situação é agravada pela possível redução do apoio dos EUA, já que o presidente eleito Donald Trump se opõe ao financiamento climático.

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