Cuba recupera uma das caixas-pretas do avião que caiu em Havana
Todos os corpos das vítimas já foram levados para o Instituto de Medicina Legal para reconhecimento
Uma das caixas-pretas do Boeing 737 que caiu logo após decolar em Havana foi encontrada neste sábado em “boas condições”, segundo as autoridades de Cuba.
O ministro dos Transportes cubano, Adel Yzquierdo, afirmou que espera encontrar a segunda caixa nas próximas horas.
“Já temos uma caixa-preta em mãos, em boas condições, bom estado de conservação, e devemos conseguir a outra nas próximas horas. Elas irão para a comissão criada para analisar as causas do acidente”, explicou o ministro na entrevista à imprensa oficial.
Yzquierdo afirmou também que todos os corpos das vítimas, a maior parte delas cubanas, já foram levados para o Instituto de Medicina Legal de Havana. Parentes já estão no local para oferecer amostras genéticas para facilitar no processo de identificação.
“Já temos a lista de passageiros, vamos publicá-la nas próximas horas”, disse o ministro.
O Boeing 737 da companhia aérea mexicana Global Air, operado pela Cubana de Aviación, caiu pouco depois de decolar em Havana. Apesar da maioria das vítimas ser do próprio país, há entre os mortos estrangeiros, entre eles mexicanos e argentinos.
O avião carregava 110 pessoas a bordo, entre elas um bebê de menos de 2 anos e outras quatro crianças. Somente três passageiras sobreviveram.
As sobreviventes foram identificadas como as cubanas Mailen Díaz Almaguer, de 19 anos; Grettel Landrovell Font, de 23 anos; e Emiley Sanchez de la O, de 39.
“Destas três, a última está consciente e comunicativa”, disse nesta sábado o médico Carlos Martinez, diretor do hospital Calixto García., sem dar mais detalhes sobre o estado das outras duas pacientes.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, esteve no hospital para saber sobre a saúde das feridas, segundo a TV oficial.
O primeiro vice-presidente de Cuba, Salvador Valdés, destacou o esforço, a dedicação e o prossionalismo das equipes que atuaram após o acidente e dos funcionários do Instituto de Medicina Legal.
(Com EFE)