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Cuba e Venezuela denunciam ‘golpe de Estado’ contra Evo Morales

Em publicações nas redes sociais, Nicolás Maduro e Miguel Díaz-Canel mostraram seu apoio ao ex-presidente da Bolívia

Por EFE Atualizado em 10 nov 2019, 22h42 - Publicado em 10 nov 2019, 22h00

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel chamaram de “golpe de Estado” o processo que culminou com a renúncia de Evo Morales à presidência da Bolívia neste domingo, em meio a grandes protestos contra o governo, e manifestou apoio ao aliado.

“Condenamos categoricamente o golpe de Estado consumado contra o irmão presidente Evo Morales”, disse Maduro no Twitter. Ele acrescentou ainda que os “movimentos sociais e políticos do mundo” se declaram “em mobilização para exigir a preservação da vida dos povos nativos bolivianos vítimas do racismo”.

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Na mesma rede social, Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, condenou o que chamou de “golpe de estado” na Bolívia e manifestou solidariedade a Evo Morales. No Twitter, Díaz-Canel afirmou que “a direita, com violento e covarde golpe de estado, atenta contra a democracia na #Bolivia. Nossa enérgica condenação ao golpe de estado e nossa solidaridade ao irmão Pdte @evoespueblo. O mundo deve se mobilizar pela vida e a liberdade de Evo”, escreveu o chefe do governo cubano, além de colocar as hashtags #EvoNoEstasSolo e #SomosCuba.

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Poucas horas antes do anúncio da renúncia de Evo Morales, o presidente cubano havia denunciado uma “estratégia golpista opositora” que promovia “violência que custou mortes, centenas de feridos e expressões condenáveis de racismo em relação aos povos nativos”.

O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, também foi ao Twitter para manifestar apoio a Evo e se pronunciar na mesma linha de Díaz-Canel.

Morales renunciou em meio aos violentos protestos que vêm ocorrendo desde o dia seguinte às eleições de 20 de outubro na Bolívia. O motivo da combustão nas ruas é a denúncia de que houve fraude na apuração dos votos daquele pleito, no qual ele venceu em primeiro turno e conseguiu o quarto mandato consecutivo.

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O anúncio da renúncia foi feito por Morales em mensagem de vídeo, na qual disse que lamentava sofrer um “golpe cívico” e os motins que policiais realizaram em quartéis nos últimos dias.

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